15 de Setembro de2024


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CAPA Quarta-feira, 27 de Abril de 2016, 14:56 - A | A

Quarta-feira, 27 de Abril de 2016, 14h:56 - A | A

AGRICULTURA

Milho na região de Campo Verde tem quebra acentuada

E o motivo por mais estranho que pareça foi a falta de chuva. É que o território do município é muito grande e enquanto na zona urbana teve chuvas regulares, até mesmo acima do normal. Na área rural isso não ocorreu.

Paulo Pietro
Campo Verde
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A safrinha do milho na cidade deve ter uma queda acentuada em algumas regiões segundo o que foi divulgado pela Aprosoja (Associação dos Produtores de Milho e Soja de Mato Grosso). E o motivo por mais estranho que pareça foi a falta de chuva. É que o território do município é muito grande e enquanto na zona urbana teve chuvas regulares, até mesmo acima do normal. Na área rural isso não ocorreu, como a agricultura precisa de chuvas em épocas pontuais para o crescimento saudável das plantas, a quebra é inevitável.

O Diário entrou em contato com o produtor rural Fernando Ferri, que também é delegado da Aprosoja e sofreu com a falta de chuva em Campo Verde; “Foram quase 32 dias sem chuva aqui na nossa região, desde o dia 24 de março até o fim desse mês não chovia aqui, foram mais de 30 dias sem chuva em uma fase em que a planta necessita muito de água. No meu caso 45% da lavoura de milho foi prejudicada, para se ter uma ideia, terão talhões que vamos colher 30 sacos por hectare e tem outras que vamos colher 130. Uma diferença muito grande.” Disse Fernando. O produtor também teve perca de quase 100% do feijão plantado, também pela falta de água. A Fazenda Por do Sol, da qual Fernando é proprietário fica entre a BR-070 e o Rio Piraputanga, nesta localidade o produtor contou que “tem produtores que não vão sequer colher o milho plantado. Vão deixar do jeito que está e acionar o seguro, pois a perda foi total. Outras regiões da cidade também sofreram bastante, foi muito variável, quem estava na cidade aparentemente teve chuvas regulares, tem plantações que estão bonitas, mas infelizmente a nossa sofreu com a falta de chuva. Vamos torcer para que essas chuvas que estão ocorrendo agora ajudem a melhorar a qualidade da lavoura, mas o fato é que algumas partes já estão perdidas.”

A maioria dos produtores, tiveram que plantar o milho mais tarde, fora do período recomendado, mas na última safra que foi plantado na época correta, os produtores também sofreram com as intempéries do clima. “no ano passado devido ao excesso de chuva houver quebra da safra, choveu em Março cerca de 526mm enquanto este ano somente 112mm foram registrados, sendo que a média histórica para este mês é 250mm na região. São fatores que nos pegaram desprevenidos e vão nos causar muitos prejuízos.” Finalizou Ferri.

O maior problema maior dos produtores é que devido à cotação do Dólar, muitos negociaram mais cedo sua produção. A maioria já tinha vendido pelo menos 60% da safra, agora muitos deles não vão conseguir cumprir os contratos. Com essa quebra do milho, o mercado nacional também deve ficar desabastecido, então a população deve se preparar para um aumento nos preços de produtos relacionados ao milho e principalmente o feijão. 

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