Uma ocorrência atípica foi registrada na tarde da última segunda-feira (14) em Campo Verde, populares denunciaram que havia uma tornozeleira eletrônica jogada próximo a um ponto de ônibus no bairro Jupiara.
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O objeto foi jogado no local, a PM se fez presente e confirmou a veracidade dos fatos, recolheu o objeto e deu o seu encaminhamento.
Em posse da tornozeleira é possível que o sistema judicial identifique o seu dono.
O uso do aparelho é muito discutido no estado, justamente devido a sua pouca efetividade, não é incomum casos onde os suspeitos de delitos, que utilizam o equipamento, o retirem, deixem em casa ou com outras pessoas, enquanto cometem crimes, e ainda por cima, utilizam o aparelho como álibi em casos de prisão posterior ao fato.
Esses fatos já foram constatados em algumas investigações de crimes acontecidos no município.
Em funcionamento em Mato Grosso desde setembro de 2014, o uso das tornozeleiras eletrônicas, benefício dado pelo Poder Judiciário aos recuperandos que progridem para o regime semiaberto, tem sido a principal alternativa para a reinserção destes detentos à sociedade. Mato Grosso conta hoje com mais de 2,4 mil cidadãos que utilizam o aparelho, número menor apenas que o do estado de São Paulo (SP), que monitora 4,2 mil pessoas. No Brasil, 19 mil pessoas utilizam a tornozeleira.
Uma decisão tomada pelo Supremo Tribunal Federal (STF) determina que, se não houver vaga suficiente em determinada unidade penitenciária, o recuperando poderá cumprir a pena em casa, desde que use a tornozeleira. Em Mato Grosso, mais de 60% da população carcerária é de presos provisórios. Defensores do modelo destacam que para muitos destes cidadãos o uso do aparelho é uma opção melhor do que a manutenção deles atrás das grades.