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POLÍCIA Quinta-feira, 14 de Abril de 2016, 14:00 - A | A

Quinta-feira, 14 de Abril de 2016, 14h:00 - A | A

Polícia

Suspeito de matar e esquartejar jovem é julgado em Campo Verde

O suspeito é foragido da Justiça de Alagoas e foi preso em flagrante por posse ilegal de arma, além de ter o mandado de prisão preventiva representado por homicídio triplamente qualificado.

Paulo Pietro
Campo Verde
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Foi realizado em Campo Verde, o julgamento de José Tavares dos Santos de 33 anos, ele é acusado de ter matado e esquartejado a jovem de 20 anos, Alaine Dutra Vilar, há pouco mais de um ano. O Julgamento teve inicio na manhã desta quinta-feira (14) e contou com a presença de várias pessoas e parentes da vítima. José Tavares já era foragido da Justiça de Alagoas pelo crime de roubo quando cometeu este crime bárbaro no dia 16 de março de 2015 em Campo Verde. 

Segundo relatos do próprio assassino, despois de terem bebido em um bar próximo a sua residência, uma quitinete, a moça que havia chego naquele dia na cidade teria ficado em sua residência, onde teriam tido uma possível relação sexual. Após o fato a moça saiu e ele desconfiou que ela havia pego uma quantia de R$ 500 e cartões dele, fato que não foi comprovado, também disse que tinha visto a moça com outro homem, o que teria motivado sua ira. Quando ela voltou para quitinete ele a estrangulou até que desmaiasse, depois com uma serra de obra teria começado a esquarteja-la. O Réu disse que estava bêbado e que não lembrava como havia cometido à barbárie. 

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Ele separou o corpo da vítima entre as pernas, o tronco e a cabeça. As pernas foram encontradas em uma construção, local onde estava trabalhando, próximo a obra em um terreno baldio, dentro de uma mala, foi encontrado o tronco da vitima. A cabeça segundo José Tavares, foi colocada dentro de um saco e deixada em uma lixeira e nunca foi encontrada.

Diante da confissão do Réu, os jurados deliberaram sobre o assunto e a Juíza Carolina Schneider proferiu a sentença de 18 anos e 8 meses, pelo crime de homicídio triplamente qualificado, mais 1 ano e 6 meses pelo crime de posse ilegal de armas, que foram encontradas em sua residência durante a investigação, e mais 1 ano e 6 meses pelo crime de ocultação de cadáver.  A Juíza Carolina Schneider falou sobre o caso; “Realmente é um crime que chocou a população, homicídios acontecem, mas com esquartejamento é raro, um requinte de crueldade a mais que assusta a população. Essa condenação é de certa forma uma resposta para sociedade, acredito que os jurados representaram bem a população e na verdade era o que todos esperavam, nós somente aplicamos a pena hoje.”          

 

O Promotor do caso

 

Arivaldo Guimarães da Costa Junior, promotor do caso disse “Este crime não teria como passar impune, a própria defesa admitiu a culpabilidade e o Réu confessou o crime, disse que está pronto para as consequências. Vale lembrar que ele foi condenado pelos três crimes.” O promotor ainda falou sobre esse sentido de justiça feita do caso, “a reparação completa seria trazer a vítima de volta, mas sabemos que isto não é possível. Por isso a condenação deste individuo vem de certa forma  a trazer conforto aos familiares da vítima, para que eles possam seguir em frente a sua vítima. Para mim a condenação deveria ser maior, mas é assim que são as leis no Brasil e temos que respeitar.” 

Quanto ao ato cruel do esquartejamento o promotor contou que no primeiro momento “o Réu disse que estava possuído por demônios. Hoje ele disse que se não se lembra, que estava bêbado. Eu acredito que ele lembre sim, mas não quis falar por ser uma situação chocante.  Por que em um surto de raiva, até se compreende uma pessoa fazer mal a outra, mas em um ato de frieza  pegar uma serra de construção e cortar o corpo da pessoa, tem que ter muito estômago, muita vontade de matar, eu pedi para que a juíza levasse isso em consideração.”

 

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