Na última semana mais um caso de um jovem que acabou desaparecendo em Campo Verde chamou atenção. Carlos Bruno de Almeida Souza, 29, motorista de aplicativo, saiu de Cuiabá para Campo Verde no 13 de novembro e não foi mais visto. O último vestígio do rapaz foi na madrugada do dia 14. A Polícia Civil segue investigando esse e outros seis desaparecimentos registrados na cidade.
Em relação ao desaparecimento de Carlos, até então dois boletins de ocorrência foram registrados, um na delegacia de Chapada dos Guimarães, que atende a região e outro em Cuiabá, no Núcleo de Pessoas Desaparecidas da Delegacia Homicídios (DHPP).
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Há duas versões sobre o que pode ter acontecido, a de que ele foi fazer uma corrida até a cidade de Campo Verde com passageiros e outra de que ele foi até a cidade, na casa de um amigo, para uma festa. Ambas as situações estão sendo apuradas pela Polícia Civil de Campo Verde, local onde o rapaz acabou sumindo. Segundo as informações repassadas ao Jornal O Diário, várias diligências foram realizadas, várias pistas seguidas, mas nenhuma levou ao paradeiro definitivo do jovem, que devido ao tempo, tem chances mínimas de ainda estar com vida.
Mas o que mais chama atenção nesta situação registrada, é que neste momento já são sete casos de pessoas desaparecidas em Campo Verde, todos eles sem nenhuma solução que satisfaça as famílias, que seguem sem saber se seus parentes desaparecidos estão vivos ou mortos.
Todas as vítimas têm características em comum, são homens, jovens com menos de 30 anos e algum tipo de envolvimento com o mundo do crime. No caso de Carlos, segundo a informação que recebemos, apesar de não possuir passagens, como foi divulgado pela imprensa local, existe a suspeita de que também estaria envolvido com alguma atividade ilícita.
Esse caso deixa Campo Verde entre os municípios do estado com um dos maiores índices de pessoas desaparecidas, apesar de ter sido registrado somente quatro homicídios esse ano, o último registrado também na última semana, o número de pessoas desaparecidas que devem estar mortas, assusta.
Outro caso emblemático, que ainda não teve nenhum desfecho, foi do jovem Douglas Silvério Gomes de 24 anos, ele é considerado desaparecido desde o dia 01 de janeiro, quando veio visitar uma namorada, que conhecia somente por meio virtual e nunca mais foi visto.
Na última entrevista que conseguimos com o pai de Douglas, Augusto de Lima, ele destacou que a vida da família se transformou em um desespero depois que ele, Douglas, sumiu. “No início foram muitas informações desencontradas, gente se aproveitando do fato para extorquir o que nós não tínhamos, mas o tempo foi passando e essa angústia somente aumentou”, frisou o pai de Douglas.
Ainda de acordo com Augusto, o familiar mais abalado com a situação é a mãe do jovem, que vem tomando remédios controlados e não pode ficar sozinha desde que o filho desapareceu. “A minha esposa está muito abatida, ela pesava 58kg antes do desaparecimento, foi se debilitando e chegou a pesar 28kg, agora devido ao tratamento que está realizando conseguiu ganhar um pouco de peso, está com 32kg, mas a situação ainda é muito delicada. Nós estamos sofrendo demais com essa falta de informação, queremos na verdade ter um desfecho dessa história seja ele qual for”, explicou o pai do jovem desaparecido.
Esse também é o desejo dos familiares dos demais desaparecidos, realistas, apesar de ainda se apegarem a um fio de esperança, os familiares de Carlos Bruno, sabem que a possibilidade de estar vivo é muito pequena, mas querem segundo eles, descansar em paz, tendo um desfecho do caso.
Nossa reportagem também procurou a Polícia Civil, mas o delegado Romildo Nogueira nos disse que as investigações sobre os desaparecidos vêm avançando e que as famílias devem aguardar pelos desfechos.