A operação “Lote Limpo” que começou a ser deflagrada na manhã da última sexta-feira (21) não para de reunir provas contra os suspeitos. Mais de 15 pessoas já se identificaram na delegacia como vítimas dessa associação criminosa, que pode ter conseguido alavancar muito dinheiro vendendo terrenos que não era de sua propriedade.
O delegado Mário Santiago conversou com o Diário sobre o rumo das investigações. “Até o momento já ouvimos 15 vítimas, relatando os valores que foram pagos e os lotes que haviam sido comprados. O que causa uma grande tristeza é ver o sofrimento dessas pessoas, na maioria das vezes são pessoas humildes, que juntaram um dinheirinho para garantir a velhice e esses criminosos com uma conversa fiada levam todo o dinheiro das vítimas,” disse consternado o Delegado. “Outros nomes de suspeitos também já apareceram na operação e estamos verificando o envolvimento desses suspeitos, quais seriam suas participações, eles serão ouvidos em breve,” reiterou Mário.
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A quantidade de dinheiro envolvida nas negociações ainda é uma incógnita, mas deve ultrapassar a casa dos milhões, já que a quadrilha já agia há muito tempo no município. “A quantia de dinheiro é muito difícil por enquanto calcular esse valor, localizamos lotes que haviam sido comercializados por eles em 2014, desde então eles estão agindo na cidade. Mas podem haver outros imóveis vendidos de maneira fraudulenta anterior a esta data. Eles vendiam o mesmo lote três ou quatro vezes para pessoas diferentes, como a funcionária envolvida modificava os documentos na prefeitura, esses documentos davam uma origem de legalidade ao negócio, uma impressão de que o lote seria de propriedade dos vendedores,” finalizou o delegado Mário.
Os preços dos lotes eram variados, o caso de terreno mais barato que a polícia descobriu, foi vendido pelos estelionatários no valor de R$ 20 mil reais, mas a maioria teria o valor próximo aos R$ 70 mil, de acordo com o bairro, o tamanho do lote e até mesmo a capacidade financeira do comprador. Apesar de serem valores abaixo dos praticados no mercado com essa crise econômica os valores seriam bem próximos a realidade, o que não levantava muitas suspeitas nos compradores, isso sem contar na conversa toda dos envolvidos na negociação fraudulenta.