Na manhã de quinta-feira (03) o Tribunal do Juri da Comarca de Campo Verde se reuniu no Fórum para mais um julgamento de homicídio onde Edenil de Morais acabou sendo condenado a 13 anos de prisão em regime fechado pelo crime de homicídio duplamente qualificado por motivo fútil sem possibilidade de defesa da vítima, Rogério Rosa dos Santos, assassinado a pauladas em 2010 no pátio de um posto de combustíveis às margens da BR-070, área urbana de Campo Verde.
Um detalhe que chamou a atenção no tribunal do júri o fato deste ser o primeiro julgamento na Comarca de Campo Verde sem a presença do réu. Edenil de Morais encontra-se foragido e foi julgado a revelia. O julgamento foi conduzido pela juíza da 3ª Vara Civel e Criminal Caroline Schneider, que disse em entrevista que o então suspeito e seu advogado tentaram retardar por várias vezes o julgamento, ressaltando que devido as tentativas de retardar o cumprimento da lei fez-se necessário o julgamento sem a presença de Edenil.
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“Por vezes o advogado de defesa pediu adiamento do júri. Além disso, na tentativa de intimar o réu pessoalmente este não foi encontrado por diversas vezes em sua casa”, destacando que a intimação de Edenil foi feita em edital, conforme a Lei nº. 11.689/08 que alterou o procedimento do Júri nos casos em que o réu não é encontrado”.
O defensor público Leandro Fabris Neto destaca que o não-comparecimento de Edenil ao tribunal dificultou sua defesa e, por consequência, acabou impactando no resultado de sua pena. “Durante todo o processo fizemos o possível para assegurar ao réu todos os direitos, independente”, destacando que para a defesa de Edenil foi sustentado a versão de Edenil, que alegou não ter participação no crime apenas. “Independente do réu estar ou não nós fizemos a nossa parte, assegurando a defesa”, destacou.
De acordo com a denúncia do Ministério Público, na madrugada de 13 de maio daquele ano Rogério estava saindo de uma boate, no Bairro Jupiara. Na tentativa de fazer sua motocicleta, uma Honda Biz funcionar, o acusado estava chegando na boate e recebeu um feixe de luz no rosto vinda do farol da moto da vítima. Considerando isso uma provocação, Edenil e um segundo comparsa (não identificado) iniciaram uma perseguição a vítima até que este parou no posto de gasolina. Uma discussão se formou entre vítima e o réu até que, em um acesso de raiva, Edenil matou Rogério com golpes na cabeça, desferidos pelo assassino com um pedaço de madeira.