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POLÍCIA Terça-feira, 22 de Agosto de 2017, 10:51 - A | A

Terça-feira, 22 de Agosto de 2017, 10h:51 - A | A

REPARAÇÂO

Detento de Campo Verde pede indenização de R$ 150 mil ao estado por tortura sofrida na Mata Grande

Rapaz de 27 anos foi torturado por 26 horas, há aproximadamente 3 meses em Rondonópolis.

Paulo Pietro
Campo Verde

Um jovem morador de Campo Verde de 27 anos, que foi condenado por tráfico de entorpecentes e associação criminosa, passou por momentos de terror na Penitenciária Major Eldo Sá Corrêa, a Mata Grande, localizada em Rondonópolis.

 

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Há aproximadamente três meses D.R.J, que foi condenado pelos crimes cometidos no municípios, passou por cerca de seis sessões de tortura que duraram quase 26 horas na penitenciária (na época divulgado pelo Cliquef5). Devido a esse fato os advogados do detento estão solicitando uma indenização de R$ 150 mil reais ao estado, que deveria garantir a segurança e integridade física do mesmo.

 

O advogado que impetrou a ação, Gustavo Bonifácio, falou sobre o caso “meu cliente está preso desde o dia 09 de fevereiro, após alguns meses ele veio até Campo Verde para sua instrução processual, na qual arrependido dos atos que havia cometido resolveu falar sobre os fatos, que o Ministério Público já apontava na denuncia. Isso gerou um desconforto com os integrantes dessa associação criminosa e chegou até os companheiros de cela de D.R.J, culminando em todo esse processo de tortura.”

 

O rapaz passou por sessões de afogamento no vaso sanitário, foi agredido com cintos, cabos de vassoura, rodos, e todos os demais objetos contundentes que havia na cela, além de tapas, socos e chutes, ele apanhou por horas e horas, ficando gravemente ferido. Os detentos chegaram a filmar as torturas, para enviar aos chefes de uma facção criminosa, esse vídeo na época chegou a ser exposto por uma fan page do Facebook, mas rapidamente foi retirada. No vídeo conseguimos observar os agressores se vangloriando sobre a tortura, obrigando a vítima dizer que era “cagueta”, que assim que funcionava na Mata Grande, entre várias cenas deploráveis.

 

Sobre este fato o advogado disse que “a penitenciária Major Eldo de Sá tem uma configuração muito peculiar, as celas são vigiadas pelos agentes por cima, elas são gradeadas, onde os agentes caminham e é possível observar muito bem o que está acontecendo no local. Durante todas essas horas essa segurança que é uma garantia constitucional do detendo foi negligenciada. Nada vai trazer de volta o que foi tirado do meu cliente nessas quase 26 horas de tortura, mas queremos essa reparação civil do estado que errou muito neste caso.”

 

Durante as varias sessões de tortura em nenhum momento o detento foi socorrido, ou recebeu atendimento médico, a família do rapaz somente teve conhecimento do fato depois de ter passado um dia do acontecido.

 

O detento agora está em uma ala separada dos seus agressores, no mesmo presídio.                        

 

 

VÍDEO

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