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NOTÍCIAS DE CAMPO VERDE Quarta-feira, 23 de Agosto de 2017, 11:43 - A | A

Quarta-feira, 23 de Agosto de 2017, 11h:43 - A | A

JUSTIÇA

Vítima de tentativa de homicídio alerta a sociedade após quase um ano do crime

Leandro Borges fala sobre sua situação e acredita que a justiça é branda.

Paulo Pietro
Campo Verde

Após quase um ano da tentativa de homicídio, envolvendo o Advogado George Roberto Buzeti, e a vítima o Professor Leandro Borges Pacheco, o processo ainda está em andamento. No dia 25 de setembro de 2016, os até então amigos de infância se envolveram em uma discussão que culminou nos disparos que deixaram graves sequelas em Leandro Borges.

 

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O professor entrou em contato com o jornal O Diário neste inicio de semana para falar as dificuldades que vem passando desde que foi alvejado pelos disparos de arma de fogo.

 

Ainda tentando uma recuperação, mesmo que parcial dos movimentos, Leandro sente muitas dificuldades, tanto físicas, quanto psicológicas para retomar sua vida. Isso sem contar que financeiramente a família também ficou abalada, devido aos altos gastos com fisioterapia, viagens e demais cuidados especiais que demandam o estado de saúde de Leandro.

 

No último dia 21 de agosto, houve uma audiência de conciliação civil do caso, onde o réu George não compareceu e seu representante legal não apresentou nenhuma proposta à vítima, que pede uma reparação também financeira devido a sua condição. “Ninguém trouxe até hoje nenhuma proposta e isso ainda traz mais indignação a mim que estou em situação de vulnerabilidade. Eu e minha esposa tivemos que se mudar da cidade onde trabalhávamos e éramos felizes (Primavera do Leste), para ficar mais próximo dos meus pais que nos ajudam, pois as complicações são diversas, eu não consigo andar, não consigo levantar, não consigo pegar as coisas, preciso de ajuda 24h, até mesmo para me virar na cama e tudo isso mexe muito com meu psicológico, eu era uma pessoa independente e agora estou aqui,” disse Leandro emocionado.

 

Porém o Juiz da Vara Civil de Campo Verde Dr. André Barbosa Guanaes Simões, lembrou que o processo ação de indenização por danos morais e danos materiais, com pedido de pensão vitalícia e provisória, foi protocolado somente no dia 09 de maio de 2017, e que foi deferido parcialmente o pedido antecipatório feito por Leandro, para condenar o réu à prestação mensal de alimentos correspondente a 5,34 salários mínimos vigentes, com vencimento inicial no primeiro dia cinco após a citação do requerido no dia 25/05/2017. Mas o réu George através de sua defesa entrou com um recurso, e após essa audiência de conciliação que terminou sem solução na última segunda-feira (21). O processo que teve inicio há apenas alguns meses agora deve seguir seu tramite, até que seja julgado o recurso do réu.       

 

O Professor que até hoje ainda recebe o carinho dos seus alunos, sofreu uma lesão medular grave devido aos disparos de arma de fogo, e no Brasil o tratamento ainda é muito atrasado, gerando uma grande demanda com hospital, viagens a Brasília para o Centro de Especialidades e uma degradação psicológica da vítima, que segundo nos revelou “quanto mais procuro tratamento menos tenho esperanças de um dia retomar minha vida, já recebi o diagnóstico de médicos especialistas de que nunca mais vou conseguir andar, isso me fez desabar. Meu trabalho, meus alunos, minha vida eu não tenho mais, fico dentro de casa fechado, pois os cuidados com alimentação e várias outras coisas são imprescindíveis.”

 

Como uma vítima da violência o professor ainda desabafou que “como todo brasileiro fico vendo a violência tomar conta do país e a justiça branda falha muito com a sociedade, falo isso também como pesquisador e professor de geografia, faz quase um ano que tudo aconteceu e nada foi decidido. Quem atirou em mim se mudou para outro estado e está reconstruindo a sua vida e eu não consigo sequer levantar da cama, tenho minhas necessidades fisiológicas todas comprometidas, quem não convive com isso pensa que a dificuldade é somente não andar, mas vai muito além. Se quiser me visitar eu moro na Rua Teresina 210 em Campo Verde, eu quero que as pessoas percebam o resultado que trás a violência.”  

 

A Juíza da Vara Criminal de Campo Verde Dr. Carolina Schneider, disse que o apesar da reclamação de Leandro, seu caso não está sendo moroso, no último dia 21 também foi realizado a instrução criminal sobre o caso, será realizado nos próximos meses o interrogatório do réu na comarca onde ele reside atualmente, também falta uma oitiva de uma das testemunhas que deve ser realizada em breve, para uma posterior analise se o caso vai à júri popular ou não.

 

A Juíza ainda lembrou que a audiência de instrução estava marcada para março deste ano, mas devido a uma viagem para tratamento médico a própria família de Leandro pediu para que a audiência fosse adiada.           

 

 

O Advogado George Roberto Buzeti, está respondendo pelo crime em liberdade. 

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Leandro 24/08/2017

Responder em liberdade! Assim fica fácil Brasil.Enquanto isso estou na pior. E o Brasil está se acabando em crimes!

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1 comentários

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