Aconteceu na tarde desta sexta (22) no plenarinho da Câmara de Vereadores de Campo Verde uma audiência pública, onde foi apresentado e debatido o projeto de implantação do sistema de transporte público coletivo no município. Lideranças políticas, representantes do empresariado local membros da sociedade civil organizada participaram da reunião, onde foi feita uma explanação detalhada, com estudos feitos desde a preparação do projeto até a futura implantação.
Sabina Kauark, engenheira civil da Tectran, empresa de consultoria responsável pela realização dos estudos de viabilidade do projeto afirmou em entrevista que para a realização do estudo foi realizada uma série de levantamentos nas zonas urbana e rural de Campo Verde. “Buscamos desde informações já disponíveis [em relação ao IBGE] e outras mais aprofundadas, como localização de indústrias, quantidade de funcionários, demanda de transporte na zona rural, entre outros fatores”, destacando que para a obtenção do prognóstico a empresa realizou uma série de pesquisas.
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“Fomos não só nas empresas, mas também nos assentamentos rurais e fizemos o levantamento do número de pessoas existentes nesses lugares. Com base neste conjunto de informações, detectamos como aconteceriam os fluxos de viagem no município e assim criamos uma rede de linhas, com alternativas para atender a população com um transporte público coletivo de qualidade”, destacou.
O prefeito de Campo Verde, Fábio Schroeter, destacou que a participação da população campoverdense no processo é fundamental na implantação do transporte coletivo. “Campo Verde é uma cidade que está em franco desenvolvimento e existem bairros que estão muito distantes do centro. Não só isso, mas temos também a demanda das empresas e os moradores das comunidades rurais, por isso se faz necessária a implantação do serviço no município, por isso foi muito importante a participação dos campoverdenses nesta audiência pública”, enfatizou.
Schroeter reforçou ainda que o transporte público se faz de fato necessário em Campo Verde, tendo em vista as dificuldades de deslocamento, em especial dos moradores de bairros mais distantes e da zona rural. “Não é todo mundo que tem um carro ou moto. Muitas dessas pessoas caminham longas distâncias e dependem de carona e o coletivo vem para atender as necessidades dessas pessoas” concluiu.
PRÓXIMOS PASSOS
Após a Audiência Pública realizada nesta sexta (22) o próximo passo será a abertura da licitação para definição da empresa que fará a execução do serviço em Campo Verde. Após definição do ganhador da licitação, o vencedor terá um prazo de até quatro meses para montar a infraestrutura necessária (compra de ônibus e instalação da garagem da empresa).
Expirado os quatro meses de implantação este, inicia-se a operação das linhas em caráter de adaptação inicial, que será de 3 meses; prazo que a empresa terá para estar com o sistema todo pronto e atuando com 100% de sua capacidade.
ÓRGÃO FISCALIZADOR
A fiscalização do transporte coletivo em Campo Verde ficará à cargo do Departamento Municipal de Trânsito (DMTU).
Jairo Freitas, diretor da DMTU disse em entrevista que a contratação de uma empresa especializada para a realização do estudo que apontou a necessidade da implantação do transporte coletivo se fez necessária, ressaltando que “é a empresa [Tectran] quem vai elaborar o termo de referência que regimentará a contratação da empresa ganhadora da licitação, estabelecendo os critérios e as regras que esta deverá seguir”, apontou.
Freitas ressaltou ainda que o controle pós-contratação da empresa, desde a instituição das linhas, os itinerários e horários dos ônibus ficarão sob nossa responsabilidade. “Ficaremos ainda responsáveis pelas vistorias dos veículos, conferência de documentações da empresa e, caso haja aumento da demanda poderemos ampliar futuramente o sistema com a criação de novas linhas de ônibus”, concluiu.
ESTUDO DE VIABILIDADE
O estudo apresentado mostrou ser economicamente viável a implantação do serviço de transporte coletivo para atender a zona rural e a área urbana de Campo Verde levando em consideração o trajeto, o percurso das linhas e a demanda de passageiros. De acordo com a engenheira Sabina Kauark, a demanda diária pelos serviços é de 7 mil passageiros somando-se os da área urbana e rural. Na cidade são 1,2 mil pessoas por dia que utilizarão o transporte coletivo.
De acordo com o que foi apresentado, o preço das tarifas sugeridas pelo estudo varia de R$ 1,80 a R$ 15,50 de acordo com a linha.
O estudo apresentado estará disponível no site www.campoverde.mt.gov.br , no link do DMTU a partir de terça-feira (26).