A bloqueio e greve dos caminhoneiros de todo o Brasil, chegou ao seu terceiro dia consecutivo, com a adesão de cada vez mais pessoas, em Campo Verde além do bloqueio citado na edição de ontem do Diário, que paralisou o transporte nas BR-070 e MT-344, na MT-140 outro bloqueio foi montado, na frente do Condomínio Buritis Prime.
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Os caminhoneiros que participam do protesto estão permitindo a passagem de veículo de passeio e caminhões que transportam mercadorias perecíveis ou carga viva, as demais cargas não estão passando, segundo o que revelou o caminhoneiro Claudenir Antônio Kolling, “nós precisávamos de um apoio maior da sociedade, essa briga é pelo direito de todos, não somente de quem trabalha com o transporte, é um absurdo nós termos que pagar por uma conta que não é nossa, está na hora de dar um basta nisso.”
Ele já havia revelado ontem que muitos agricultores, que também dependem do diesel, para funcionar seus maquinários estavam apoiando a causa, e as manifestações de muitos agricultores se intensificaram neste terceiro dia. O apoio da população pela causa e dos próprios caminhoneiros, que estão evitando sair com seus caminhões é evidente.
O Sindicato Rural de Campo Verde, já emitiu uma nota em apoio aos grevistas :
O Sindicato Rural de Campo Verde vem a público manifestar o seu apoio ao movimento grevista dos transportadores autônomos, encabeçado pela Associação Brasileira dos Caminhoneiros. Entendemos que o alto preço dos combustíveis e a grande carga tributária que o setor paga – principais pautas do protesto - têm inviabilizado a atividade.
As dificuldades deste setor refletem de maneira negativa em todas as cadeias do agronegócio, pois todas as atividades têm nos caminhoneiros parceria fundamental, seja no transporte de insumos ou no escoamento da produção.
Esta entidade se sensibiliza com a situação e apoia o movimento dos caminhoneiros, torcendo para que as reivindicações tenham êxito e que o setor possa voltar a trabalhar com melhores condições.
Vários empresários da cidade também estão apoiando o movimento, com doação de alimentos, água e outros itens para que os manifestantes possam se manter firmes em sua causa.
O governo federal está se articulando e já estuda de forma tímida uma redução de valores no diesel, mas uma outra ação que pode gerar temor foi impetrada pelo governo federal ou concessionárias de rodovias, que conseguiram decisões liminares (provisórias) contra o bloqueio de vias ou aglomerações nos acostamentos em ao menos sete estados, Paraíba, Paraná, Pernambuco, Rio de Janeiro, Rio Grande do Sul, Santa Catarina e São Paulo.
Ao todo, a Advocacia-Geral da União (AGU) entrou com 17 ações contra os bloqueios. O órgão representa o governo federal na Justiça.
Por outro lado os grevistas disseram que não vão recuar, algumas dessas liminares já foram cumpridas no estado de Santa Catarina e Paraíba, onde os motoristas diante da imposição da PRF acabaram cedendo os bloqueios em locais específicos.