03 de Fevereiro de2025


Área Restrita
icon facebook icon instagram icon twitter

NOTÍCIAS DE CAMPO VERDE Segunda-feira, 27 de Março de 2017, 14:22 - A | A

Segunda-feira, 27 de Março de 2017, 14h:22 - A | A

AGRICULTURA

Safra Recorde e expectativa de novos negócios

Representantes querem estreitar relações com países asiáticos

Paulo Pietro
Campo Verde

A safra recorde de soja que era esperada para este inicio de 2017 realmente aconteceu, como todos os especialistas previam os números de produtividade e área do cultivo foram acrescidos em todo o estado e na região de Campo Verde, ainda mais expressivos devido ao clima favorável, choveu nas horas certas e mesmo com a precipitação mais intensa no momento da colheita não houveram grandes problemas.  Em casos pontuais a chuva inundou determinados pontos, mas nada que fizesse frente à média elevada de sacas colhidas.

 

✅ Clique aqui para seguir o canal do CliqueF5 no WhatsApp

Com uma boa produção, resta aos produtores do estado conseguirem bons negócios e este é o que vem sendo discutido recentemente pelos representantes da Aprosoja, que estão buscando aumentar a relação comercial com países asiáticos , com enfoque especial na China, que é um grande mercado consumidor.

 

O presidente da entidade Endrigo Dalcin está junto a outros produtores mundiais de soja participando de reuniões e encontros na China, como forma de estreitar relações e buscar uma ampliação do mercado com o país asiático. A missão também envolve representantes dos Estados Unidos, Canadá, Argentina, Paraguai e Uruguai, que se reúnem duas vezes por ano para discutir demanda, tecnologia e outros assuntos pertinentes à qualidade e ao comércio internacional.

 

De acordo com Dalcin, as reuniões vêm sendo bastante proveitosas. A delegação teve a oportunidade de participar de uma aula de mestrado em Comércio Exterior na Universidade de Agricultura da China para mostrar dados da produção brasileira e mato-grossense de soja, além de reuniões para pedir serenidade em aprovações no que diz respeito às novas biotecnologias, as quais o país ainda demonstra certa resistência em aprovar rapidamente. Na terça-feira (28), haverá ainda uma reunião com o Ministro da Agricultura da China sobre este assunto, que é freado por discussões internas do país sobre o consumo direto de transgênicos.

 

Com isso, os representantes brasileiros fazem um trabalho no sentido de mostrar que essa produção é segura e que seu consumo, consequentemente, também. No momento, o Brasil não pode misturar em seus embarques um tipo de soja que não esteja liberada na China, pois pode haver o argumento de os importadores devolverem a carga.

 

Nas três reuniões realizadas em compradores como a Sinograin, a Cofco e no Grupo de Política Agrícola da China, todos foram unânimes em dizer que a demanda é crescente e que, até 2020, a China deve comprar até 100 milhões de toneladas anuais de soja. No ano passado, foram 83 milhões de toneladas compradas e, neste ano, o número deve passar para 88 milhões de toneladas.

 

A situação em relação à carne brasileira não esteve presente nas reuniões. Mas a qualidade ainda é uma grande dúvida dos chineses, que têm notado que o teor de proteína tem caído nos principais países - sobretudo, Estados Unidos e Canadá. Para o Brasil, a reclamação se deu quanto ao teor de umidade presente na soja, que é permitido pela legislação brasileira.

 

O presidente também aproveita para lembrar do programa Soja Livre, da Aprosoja-MT, que visa fomentar, divulgar e incentivar produtores a continuarem no cultivo da soja convencional, focado em manter 15% de soja convencional no estado do Mato Grosso. Toda a produção interna chinesa é de soja convencional, mas a média de produtividade é de apenas 30 sacas por hectare. Logo, se a China não conseguir atender sua demanda, poderá vir a buscar essa soja de outros produtores.

 

Mercado

 

Em questão de preços, Dalcin diz que a demanda está aquecida, logo, os produtores devem torcer por uma questão climática para tirar a pressão. Os Estados Unidos entrarão com o forte do plantio em maio e isso deve ser acompanhado, já que as oscilações serão importantes para criar momentos de venda. Ainda falta 39% da soja a ser vendida no estado.

 

 

O melhor momento para a comercialização, segundo o presidente, já passou. Os preços líquidos estão em torno de R$53,50, o que gera uma receita menor do que no ano passado. Assim, uma boa safra é ofuscada pela queda brusca dos preços.

 

Com informações do site Noticias Agrícolas 

VÍDEO

Comente esta notícia

Rua Rondonópolis - Centro - 91 - Primavera do Leste - MT

(66) 3498-1615

[email protected]