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NOTÍCIAS DE CAMPO VERDE Terça-feira, 18 de Abril de 2017, 13:55 - A | A

Terça-feira, 18 de Abril de 2017, 13h:55 - A | A

LEI

Projeto para aumentar repasse do HMCJ gera polêmica na Câmara

PL vai passar pelas comissões e pode ser votado na próxima semana

Paulo Pietro
Campo Verde

Na última sessão de vereadores, realizada na última segunda-feira (17), um dos temas mais discutidos foi sobre a administração do Hospital Municipal Coração de Jesus, que atualmente é gerido pela ASAS (Associação Amigos da Solidariedade).

 

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A situação foi desencadeada, pois, o Projeto de Lei 032/2017, de autoria do executivo municipal para o aumento da verba do hospital, foi apreciado pelos vereadores, que apesar da resistência dos presidentes de algumas comissões, acabou sendo enviado para análise, em todas elas, não sendo votado na ordem do dia.  

 

O PL prevê um repasse de R$ 9.588.000,00 (nove milhões quinhentos e oitenta e oito mil reais) que divididos em 12 parcelas, proporcionará o repasse de 901 mil reais mensais ao hospital, sendo que destes 799 mil seriam de recursos do município e o restante do Ministério da Saúde. O acréscimo deste novo repasse apresentado, conta com um aumento de 193 mil reais, por parte do município, já que atualmente a instituição recebe 606 mil reais de repasses de recursos próprios.

 

O vereador Pedro Cambará (DEM), disse em seu pronunciamento “quero ficar com minha consciência tranquila, de que estamos aprovando esse projeto em favor da população de Campo Verde, que necessita de cuidados médicos. Quem tem recursos pode procurar médicos particulares em Cuiabá e Rondonópolis, mas quem não tem necessita do Hospital Municipal, que corre até mesmo o risco de fechar as portas, caso não haja um entendimento desse repasse. Eu duvido que haja outra instituição que queira assumir a gestão do hospital, pois não é fácil e eu tenho confiança nos diretores da ASAS, dos quais eu conheço pessoalmente e sei que são pessoas sérias e comprometidas.”

 

Já o vereador José Humberto (SD) foi mais cauteloso e lembrou que há menos de três anos, a instituição São Camilo, recebia de repasse 290 mil reais da prefeitura, e que nos meses finais de seu contrato passou a receber 435 mil reais, para gerir o HMCJ, ele comparou os montantes e disse que devido a isso o PL devia ser melhor analisado.

 

Vale ressaltar que o São Camilo era uma instituição filantrópica, que tinha benesses por ter esse status, além disso eles tinham um setor particular, onde atendiam convênios e realizavam cirurgias. A ASAS também está em busca do reconhecimento de filantropia, pois não possui fins lucrativos, para que passe a não pagar a quantidade de impostos de uma entidade comum. Aliás uma das principais queixas dos vereadores, é justamente a divida de 2.600.000,00 dois milhões e seiscentos mil reais em média, que a ASAS possui, advindas de impostos. Essa divida está pactuada, mas continua a existir.

 

O vereador Moises Polito (SD) foi mais enfático em sua fala, ele afirmou que as condições do hospital não são nem de longe o ideal, que a má gestão da ASAS deixa dúvidas sobre a continuidade do serviço prestado e que nem mesmo as autoridades locais sabem onde essa dívida pode parar. O vereador usou a expressão “poço sem fundo” em relação aos novos repasses que estavam sendo propostos e foi aplaudido pelo público.

 

O presidente João Narciso Gomes (PSD) também falou sobre a situação na sua visão o hospital é mal gerido pela instituição, ele revelou que “nós podíamos até mesmo realizar um repasse maior do foi pedido, se houver necessidade e verba para isso, mas a administração do hospital tem que ser mais eficiente e agir com mais transparência.”

 

O projeto vai passar por três comissões para ser melhor analisado e pode ir a voto na próxima semana, as comissões marcaram reunião para próxima segunda-feira (24) pela manhã.        

                     

 

                                         

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