Nos últimos dias uma série de comentários sobre a saída de três médicos que prestavam serviços ao Hospital Municipal Coração de Jesus tem dominado as rede sociais.
Em entrevista exclusiva ao Diário, a presidente da Associação Social Amigos da Solidariedade, Maria Frazão Zunta, falou sobre o fato que gerou os comentários nas redes social e sobre como está a atual situação do atendimento no HMCJ após a saída dos profissionais.
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Qual a situação do Hospital Municipal Coração de Jesus atualmente?
“Referente a atual situação nos atendimentos aos usuários, os serviços estão em plena regularidade em todos os setores existentes no Hospital Municipal Coração de Jesus, tanto na parte ambulatorial como também na equipe cirúrgica. O hospital está no momento atendendo aproximadamente 5.000 usuários mensalmente. Em 2014, no inicio das atividades, eram 2.500 atendimentos. Hoje o custo aproximado dos serviços médicos prestados nesta instituição através de um corpo clínico de aproximadamente 20 médicos, gira em torno de R$ 458 mil, sendo tal valor correspondente a quase 50% do custo hospitalar”.
Existe um plano de reestruturação financeira e administrativo para o HMCJ no próximo ano?
“Sim, após fechamento do plano orçamentário para 2017 com os demais diretores, foi decido a reestruturação salarial apenas na parte dos serviços (médicos), não envolvendo nenhum dos demais funcionários, cujo reajuste já foi realizado em agosto de 2015, bem como nos demais custos operacionais, com a finalidade de garantir a continuação da assistência junto ao Hospital”.
Nos últimos dias uma série de comentários tomou conta de uma rede social abordando a saída de três médicos do hospital, o que a senhora tem a dizer sobre isso?
“Referente à saída por livre decisão por parte dos médicos, informamos que tais profissionais não aceitaram as condições propostas de remuneração para o ano de 2017, sendo que tais médicos que compunham a equipe de cirurgia geral, são eles: Doutor Laerte Alvarenga, doutor Alexandre Posser, doutor Thiago Gardim. Após diversas reuniões discutindo propostas de trabalho para o ano de 2017, eles Chegaram a decisão que não aceitariam as condições propostas. Ressaltamos que os demais médicos pertencentes ao quadro não se opuseram ao reajuste de reequilíbrio, são eles: pediatria, ortopedia, ginecologia e obstetrícia”.
Já foram contratados novos médicos para preencher as vagas deixadas pelos que saíram?
“Sim. Por obrigação legal não podemos deixar nenhum serviço sem atendimento, pois isto ocasionaria um prejuízo enorme a população que utilizam dos serviços de saúde de campo verde”.
As saída desses médicos vai prejudicar o atendimento a população?
“Não ira prejudicar o atendimento, pois já foi reenquadrado médico cirurgião especializado e a equipe cirúrgica, formada por ginecologista-obstetra, cirurgião geral e ortopedista está em pleno atendimento”.
Esses médicos que saíram podem ser recontratados?
“Sim, desde que aceitem as condições propostas pela Associação, envolvendo diversos aspectos operacionais e financeiros e não envolvendo questões pessoais e nem de cunho político”.
A presidente da ASAS frisou que, de acordo com o regimento, a instituição não compactua com nenhuma imposição de natureza política ou de interesses adversos. “A Associação não irá ceder a nenhum tipo de pressão que possa ocasionar prejuízos incalculáveis a população de Campo Verde que usa o sistema SUS”, afirmou Maria Frazão.