Foi protocolado na semana passada, na Câmara de vereadores de Campo Verde, um pedido formal de desculpas. O pedido é endereçado ao presidente da casa, o vereador Cleberson Rodrigues – Clebinho do Judô, que teria sido, segundo os autores do pedido, o autor de falas que teriam ofendido algumas pessoas. Além do pedido de desculpas, os autores da ação pedem que a postura do vereador seja analisada pelo Conselho de Ética.
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O fato que gerou a indignação, aconteceu na sessão ordinária realizada no início do mês. Em seu pronunciamento, o vereador teria criticado o questionamento de algumas pessoas que, segundo ele, “caíram de paraquedas na cidade, nunca realizaram um projeto social forte”. O parlamentar ainda completou sua fala deixando a entender que algumas pessoas estariam tentando se a aproveitar de momentos em que existem verbas a disposição, para estes projetos, mas que não desenvolvem trabalhos regulares e duradouros.
O pedido de desculpas foi protocolado pelo pastor José Vicente Pereira e pelo professor de capoeira Rubens Alves, que consideram os comentários do vereador xenofóbicos e descabidos.
Segundo eles, houveram questionamentos quando a legalidade da doação de um terreno por parte do poder público para que a Associação Campoverdense de Artes Marciais - ASCAM, da qual o vereador é membro, construa sua sede própria. Eles se disseram surpresos com a fala do presidente, quando foram surpreendidos, segundo eles pela fala considerada ofensiva.
O OUTRO LADO
Em entrevista concedida, o presidente da câmara, disse que as pessoas teriam protocolado o pedido, interpretaram seu discurso de maneira distorcida e a discussão nas redes sociais é infundado, já que a ASCAM, tinha um terreno (onde foi construído a antiga UPA, que hoje é o CAED), mas que por atender a um pedido do então prefeito, Fabio Schroeter, topou realizar uma permuta em outra área, visando a melhor utilização da população que busca serviços relacionados a saúde.
Ainda conforme o vereador, todo o processo foi pautado por Lei, e a escolha da área no Parque das Araras, foi para estar mais próximos justamente de comunidades carentes, quem mais precisam dos projetos da ASCAM, que hoje oferece aulas de judô e capoeira a mais de 250 alunos de maneira gratuita.
Quanto ao questionamento de ser uma área pública, doada parta fins particulares, Clebinho rebateu que apesar de ser uma associação, quem vai se beneficiar com o projeto é sempre a população, já que se trata de um projeto de cunho social, que está presente na cidade há muitos anos, com um grande trabalho reconhecido.
O presidente inclusive adiantou que conseguiram verbas com parlamentarem para construir a sede própria da ASCAM, que deve ser iniciada em breve.