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NOTÍCIAS DE CAMPO VERDE Quarta-feira, 08 de Maio de 2019, 09:46 - A | A

Quarta-feira, 08 de Maio de 2019, 09h:46 - A | A

CIDADE

População de CV tem que ficar alerta quanto à proliferação do mosquito da dengue

Aproximadamente 80 casos suspeitos já foram notificados desde o inicio do ano.

Paulo Pietro
CAMPO VERDE

O caso da morte de uma criança em Primavera do Leste em consequência da dengue, está causando preocupação e reacendeu um alerta na população da região quanto aos cuidados com a proliferação do mosquitos transmissor Aedes Aegypti.

A Prefeitura de Primavera do Leste, através da Secretaria de Saúde, confirmou que a menor Julia Garcia, de 10 anos, morreu vítima de dengue grave. Segundo nota encaminhada via Assessoria de Imprensa, a criança deu entrada na Unidade de Pronto Atendimento –UPA, no dia 03 de maio, de onde foi encaminhada para Unidade Terapia Intensiva – UTI do Hospital Regional em Rondonópolis, onde morreu no dia 04.

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“Secretaria Municipal de Saúde lamenta a morte de Julia e garante que a equipe de saúde do município voltou todos os esforços para este caso, desde o momento da entrada até a saída da paciente para a UTI, que depende de regulação estadual”, diz trecho da nota enviada a imprensa da cidade vizinha. 

Em Campo Verde a situação das doenças como Dengue, Zica e Chicungunha, doenças transmitidas pelo mosquito também preocupa, o município está em estado de alerta contra os focos do mosquito, até agora aproximadamente 80 casos foram registrados em 2019, entre notificados e confirmados, a tendência é que o número de casos confirmados seja menor, mas a situação é de risco.

E mais uma vez a falta de colaboração da população é apontada como fator determinante, “infelizmente mais de 90% dos focos que encontramos é dentro das residências, então essa falta de preocupação da própria população causa essa proliferação do mosquito e essa situação de alerta, que deve ser respeitada, pois a doença existe, o mosquito está presente na nossa cidade e os casos vem aparecendo,” disse o coordenador da Vigilância Ambiental de Campo Verde João Paulo Cardoso.

Os cuidados são simples, todo mundo conhece, mais poucas pessoas realmente se preocupam e essa é a maior dificuldade encontrada segundo o coordenador, “nós precisamos contar com o apoio da população neste combate ao mosquito, são 10 minutinhos diários, os principais focos são pneus, onde 50% dos focos são encontrados, lonas, que estão muitas vezes acumulando água, baldes, muitas vezes agente não confere, mas tem um balde velho, garrafa no quintal, mesmo quanto tem algum objeto dentro acaba acumulando água e se tornando um foco. Também tomar cuidado com os locais onde tem água de cachorro e gato, então esses objetos são os principais, mas vale ressaltar que todo local onde a água fique acumulada pode ser foco de proliferação.”

Segundo João Paulo, esses cuidados tem que ser diários, pelo menos para dar uma conferida, mas se não der para ser todo dia, ao menos quando chover vale a pena, para não contribuir com proliferação do vetor.

Os cuidados com as calhas, caixas d’agua, também dever ser realizados pelo menos uma vez ao ano, “se todos seguissem a cartilha corretamente, tenho certeza que pelos 50% dos casos de doenças seriam evitados,” frisou João Paulo.

Apesar de ao longo dos anos, as pessoas estarem acostumadas com o trabalho dos agentes de endemias, em Campo Verde eles ainda sofrem com resistência da população, segundo pontuou João Paulo, “é infelizmente ainda tem pessoas que não permitem a entrada dos agentes nos quintais e residências, como não temos poder de polícia, nem de fiscal, ficamos de mãos amarradas. É claro que quando existem denuncias, ou focos aparentes, nós temos que agir, temos Leis estaduais e municipais que nos resguardam, se necessário nós chamamos o apoio policial e entramos nestes locais. Nosso trabalho é um auxilio a população, pelo bem da saúde coletiva, então nós contamos também com o apoio dos moradores neste sentido, o agente vai orientar os moradores, verificar se existem focos e até realizar o combate quando necessário, nós somos parceiros e não inimigos,” lembrou.

Apesar do alerta, a expectativa é que os números não se aproxime dos anos de 2015 e 2016, por exemplo, onde mais de 400 casos de doenças foram registrados, mas para isso todos tem que estar vigilantes.       

               

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