A Polícia Civil de Campo Verde, está atenta ao caso do desaparecimento de Douglas Silvério Gomes, de 24 anos. O pai do jovem, teria denunciado o caso, após supostos sequestradores entrarem em contato pedindo pagamento de resgaste.
O jovem viajou do Paraná, onde mora com a família, para Mato Grosso para passar o fim de ano com a namorada, mas desapareceu no dia 02 de janeiro.
De acordo com Augusto Gomes, pai de Douglas, devido à distância, ele não conseguiu registrar boletim de ocorrência, mas afirmou que já entrou em contato com o delegado e investigadores da Delegacia de Campo Verde e passou as informações sobre o filho.
O chefe de Investigação da Polícia Civil de Campo Verde, Rodrigo Amorim, ressalta que aguarda o registro do Boletim de Ocorrência, porém, a PJC está atenta ao caso, e já tem várias linhas de investigação. "Não tem B.O sobre esse desaparecimento, então ficamos de mãos amarradas, mas de qualquer forma a PJC está atenta ao caso e assim que obtiver as informações necessárias vai traçar uma linha de investigação e iniciar as buscas por esse rapaz. Por enquanto tudo que sabemos é muito preliminar, várias hipóteses são possíveis", comentou.
Amorim, ainda destacou que o pai do jovem pode registrar a ocorrência na cidade que está, sem a necessidade de se dirigir a Campo Verde, porém, isso dificultaria um pouco a coleta de informações. “Ele pode registrar o B.O lá no Paraná, mas ele estava com a namorada aqui, ela também pode registrar o boletim.
O pai da vítima, relatou que os supostos sequestradores entraram em contato com ele pedindo dinheiro para que liberassem o jovem.
“Eles [sequestradores] me pediram para pagar uma pendência de R$ 7 mil dele [filho], mas eu disse que não tinha esse valor, então eles disseram que o Douglas ficaria trabalhando com eles”, contou.
Depois de negociar, Augusto disse que transferiu R$ 2 mil para a conta dos criminosos nesse domingo (3). No entanto, depois disso, o perfil das redes sociais do filho, onde ele mantinha contato com os supostos sequestradores, foi excluído e a família não teve mais contato.
Augusto relatou que a última vez que conseguiram contato direto com o jovem foi no sábado (2).
“Pedi para falar com meu filho, porque eu daria um jeito de arrumar o dinheiro. Daí eles deixaram ele falar com a namorada. Ela disse que ele estava bem e que tinha certeza que era ele”, disse.
Nesta segunda-feira (4), o pai da vítima disse que recebeu uma ligação de um homem dizendo que estava com o filho dele.
“Falou que precisava acertar umas coisas com ele e já soltariam, mas depois ligou de novo e disse que eu deveria depositar R$ 1,5 mil para soltá-lo. Eu disse que depositaria, mas se deixassem eu falar com meu filho. Eles não deixaram, só me mandaram uma foto de um rapaz de costas, mas não era o meu filho”, contou.
Segundo o pai, Douglas faz tratamento em uma clínica para dependentes químicos no Paraná. Ele foi liberado no final do ano para passar as comemorações com a família.
“Ele passou o Natal aqui com a família e foi para Campo Verde passar o Ano Novo com a namorada. Eles passaram a noite na igreja e no outro dia fizeram um almoço, mas a noite ele quis sair para dar uma volta e não retornou mais. Nesse dia, ele só me disse que estava com muito medo, porque o pessoal olhava estranho para ele, e que precisava ir embora”, contou.
Em Campo Verde, de acordo com o chefe de Investigação da Polícia Civil, há quatro casos de desaparecimento em investigação.