Um pai denunciou que o filho está sendo mantido refém desde a noite do réveillon, sexta-feira (1°), em Campo Verde, a 139 km de Cuiabá. Douglas Siverio Gomes, de 24 anos, viajou do Paraná, onde mora com a família, para Mato Grosso para passar o fim de ano com a namorada, mas desapareceu após as comemorações.
O pai da vítima, Augusto Gomes, contou que os supostos sequestradores entraram em contato com ele pedindo dinheiro para que liberassem o jovem.
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“Eles [sequestradores] me pediram para pagar uma pendência de R$ 7 mil dele [filho], mas eu disse que não tinha esse valor, então eles disseram que o Douglas ficaria trabalhando com eles”, contou.
Depois de negociar, Augusto disse que transferiu R$ 2 mil para a conta dos criminosos nesse domingo (3). No entanto, depois disso, o perfil das redes sociais do filho, onde ele mantinha contato com os supostos sequestradores, foi excluído e a família não teve mais contato.
Augusto relatou que a última vez que conseguiram contato direto com o jovem foi no sábado (2).
“Pedi para falar com meu filho, porque eu daria um jeito de arrumar o dinheiro. Daí eles deixaram ele falar com a namorada. Ela disse que ele estava bem e que tinha certeza que era ele”, disse.
Nesta segunda-feira (4), o pai da vítima disse que recebeu uma ligação de um homem dizendo que estava com o filho dele.
“Falou que precisava acertar umas coisas com ele e já soltariam, mas depois ligou de novo e disse que eu deveria depositar R$ 1,5 mil para soltá-lo. Eu disse que depositaria, mas se deixassem eu falar com meu filho. Eles não deixaram, só me mandaram uma foto de um rapaz de costas, mas não era o meu filho”, contou.
De acordo com Augusto, devido à distância, ele não conseguiu registrar boletim de ocorrência, mas afirmou que já entrou em contato com o delegado e investigadores da Delegacia de Campo Verde e passou as informações sobre o filho.
“Não sabemos mais nada, ninguém dá notícia. Estou tentando contato com a polícia do município para tentar localizar”, disse.
Segundo o pai, Douglas faz tratamento em uma clínica para dependentes químicos no Paraná. Ele foi liberado no final do ano para passar as comemorações com a família.
“Ele passou o Natal aqui com a família e foi para Campo Verde passar o Ano Novo com a namorada. Eles passaram a noite na igreja e no outro dia fizeram um almoço, mas a noite ele quis sair para dar uma volta e não retornou mais. Nesse dia, ele só me disse que estava com muito medo, porque o pessoal olhava estranho para ele, e que precisava ir embora”, contou.