Uma paciente de Campo Verde, que teve Covid-19 e já passou pelo período de quarentena, resolveu contar sua experiência nas redes sociais da cidade e chamou atenção, já que à maioria das pessoas que passaram por esse isolamento preferem não se expor devido a uma série de fatores.
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O Diário conversou com Maria Rita Teixeira, que coordena as cantinas das fazendas do Grupo Bom Futuro em Campo Verde, ela disse que até hoje ela não sabe precisar onde exatamente foi o contágio, “ há mais de 18 dias, meu marido começou a sentir alguns sintomas em uma sexta-feira, na segunda nós procuramos o sistema de saúde do município, onde realizou o teste, na quarta-feira eu realizei também, no dia seguinte saiu o resultado positivo do meu marido, consequentemente eu já sabia que estava contaminada. Da minha parte foi bem tranquilo tive uma leve perda de olfato e febre baixa, já meu marido sofreu um pouco mais, além de perder o paladar, teve febre, suor noturno, fraqueza e dores no corpo. Quando soubemos do resultado ficamos preocupados, ainda mais que tenho problema de asma e sou hipertensa, mas não foi tão ruim como nós imaginávamos. Eu por exemplo já tive crises de asma bem piores que o covid-19”, lembrou Rita.
Logo após confirmarem os testes, o filho do casal que mora em Cuiabá, mas estava passando uns dias na casa dos pais, na fazenda, também teve o teste confirmado, mas ele quase não teve sintomas, além da perda do olfato.
Ela explicou que é muito difícil saber onde aconteceu o contágio, mas desconfia que pode ter sido através de seu marido que teve um contato muito breve com um trabalhador da algodoeira do grupo, que foi o primeiro a confirmar o diagnóstico de Coronavírus na fazenda.
Rita ainda alertou que o contágio da doença é realmente muito rápido, qualquer descuido pode ser o início de uma nova transmissão. “Depois que estamos do outra lado, percebemos que realmente as pessoas não se cuidam de maneira correta, como meu marido estava sentindo mais os sintomas, por precaução, nós procuramos o Hospital Santa Rosa em Cuiabá, para passar por uma consulta com infectologista, enquanto esperávamos pela consulta, em um local onde outros infectados tinham também passado, muita gente estava tirando a máscara, colocando as mãos em locais onde todos colocam, não utilizando o álcool para limpar as mãos, então é muito fácil entender como essa doença se espalha,” alertou.
Na Fazenda Filadélfia, onde Rita e seu marido moram, sete pessoas já tiveram testes confirmados, porém nenhum paciente evoluiu mal, ninguém precisou ser internado devido a doença, alguns sofreram pouco mais, outros nem pareciam estar doentes, mas um sintoma segundo nossa entrevistada era bem peculiar em todos os casos, que era a perda do olfato.
Apesar do número de infectados no local, onde a entrevista foi realizada, existe uma série de precauções que a administração das fazendas vem realizando, para evitar que o vírus se espalhe para outras pessoas. Todos os locais de uso comum estão temporariamente interditados, a alimentação está sendo realizada através de marmitas, por onde se passa encontra álcool em gel e todos os colaboradores estavam utilizando a máscara. Para entrar na fazenda existe uma barreira onde todas as pessoas têm sua temperatura medida.
Para finalizar Rita explicou que o tratamento que foi realizado nela e em seu marido, foi o mesmo conservador que é recomendado no momento, que o importante é se alimentar bem para que a doença não evolua, que se seguir todos os passos a chance de sair desse contágio sem nenhuma complicação maior é bem grande.