Um problema já antigo do município de Campo Verde volta a ser destaque negativo em 2022, o transporte escolar. Revoltada, uma das mães acabou procurando a imprensa, Earley Rúbia contou que na manhã de quinta-feira (01), ao observar um menino ficando com a mochila presa na parte de fora da porta do ônibus, devido a lotação, ficou preocupada, pois seu filho estava ao lado dessa criança, mesmo assim o motorista seguiu viajem.
“Eu fiquei apavorada ao observar aquela situação, as crianças estão amontoadas no ônibus, se por acaso aquela porta abre, aquele menino iria cair e meu filho que ficou ao seu lado na porta, poderia cair também, o que poderia acontecer? Uma tragédia”, questionou a mãe. Ela é moradora do Bairro Recanto dos Pássaros II, mas pais e mães de toda a região que engloba os bairros Jardim América, Santa Rosa e Recanto I e II vivem o mesmo problema.
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No início do ano, a moradora Caroline Bartz já havia relatado a mesma situação, nesta oportunidade ela chegou a gravar um vídeo mostrando a situação preocupante. “São bairros distantes que estão carentes de escolas e as crianças e adolescentes que estão em idade escolar, acabam tendo que se deslocar com o ônibus, sem o transporte escolar muitas crianças ficariam sem estudar”, lembrou ela.
Earley que flagrou seu filho indo para escola espremido na porta do ônibus explicou a reportagem que o veículo destinado para o transporte é pequeno. “Isso acontece, pois, o ônibus é pequeno, se trata de um micro-ônibus e o número de crianças que atendem é grande, vão tanto para escola Ledy, no São Miguel, quanto para Artemir Pires, no São Lourenço. Antes tinha um ônibus grande, mesmo assim não era suficiente, mas era melhor, agora está um caos”.
Ela ainda frisou que, caso aconteça um acidente, muitas crianças sairiam feridas. “É uma tragédia anunciada, depois não podem dizer que não sabiam, o problema é conhecido e a resolução é colocar mais transporte”, finalizou.
O QUE DIZ A PREFEITURA
Questionada pela reportagem a Secretaria de Educação do município reconheceu o problema de lotação, mas disse que a população que não respeita a questão da distância de 2,5 quilômetros para o transporte escolar também tem contribuído para aumentar o problema, também disseram que estão trabalhando para resolver a situação com a compra de mais dois ônibus e ainda aguarda mais um do governo do estado.
É obrigação do município o transporte escolar dos alunos da zona rural da cidade, que também vem sendo contestado nas redes sociais, mas na zona urbana quando a distância passa de 2,5 quilômetros, a administração tem um Termo de Ajustamento de Conduta (TAC) com o Ministério Público Estadual (MPE) em que deve garantir o transporte escolar, já que o município não tem o número de vagas disponíveis necessárias em algumas regiões.
A entrega de obras importantes para educação como a da Escola Estadual do Santa Rosa e do Grenville podem amenizar esse problema.