Diante da Notícia divulgada que as empresas Cargil e Louis Dreyfus paralisariam suas atividades foi grande o murmúrio nas redes sociais sobre a situação de uma delas que tem sede em Campo Verde. Mas a Louis Dreyfus não possui esmagadora, somente armazenagem e comercialização de grãos e não sofrerá qualquer mudança ou paralisação.
A Louis Dreyfus afirmou na semana passada que suspenderá a quebra de grãos em duas de suas cinco fábricas brasileiras devido às condições atuais de demanda e fornecimento. Uma delas é em Rio Verde e a outra no Paraná. Mas também sinalizaram que é uma paralisação temporária.
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OS MOTIVOS DA PARALISAÇÃO
A safra de soja no Brasil é a segunda maior no mundo estimada pelo governo para ser 0,8% inferior a temporada de 2015-2016 após uma seca. A produção no Tocantins, por exemplo, está 30% menor. A agressividade das empresas que compram soja para exportar tem contribuído para a escassez do grão.
A disponibilidade da oleaginosa não é o único problema das processadores de grãos. A demanda doméstica por ração animal, principal produto das empresas, têm sido minado pelo fraco desempenho do setor pecuário. As companhias que criam aves reduziram a produção em resposta à escassez de milho, que aumentou os custos com alimentação dos animais, além do menor consumo.
Não haverá fornecimento suficiente de grãos e demanda por ração no último trimestre do ano afirmou Suzi Pereira, diretora da Algar Agro.
Os volumes de produção caíram cerca de 5% este ano, segundo a executiva. As exportações de soja registraram nível máximo no ano em abril, antes do período esperado.
A colheita, que terminou em julho, totalizou 85,4 milhões de toneladas, queda de 5% ante previsão anterior, segundo dados do governo. Como resultado, o Brasil não dispõe de grãos suficientes para atender às exportações e manter o volume de processamento.