Estava marcado para esta terça-feira (25) o Júri Popular do réu Edson Ferreira da Silva, o caminhoneiro, morador de Campo Verde é acusado de ter assassinado a garota de programa Elizangela Fernandes Zambonini, com um golpe de faca, no dia 06/08/2016, próximo a subestação de energia da CEMAT/ENERGISA, no Bairro Estação da Luz.
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Mas, mesmo após um ano do acontecimento do fato as provas periciais, como os exames de DNA, não foram entregues pela POLITEC. Devido à importância das provas que não estão prontas, as partes decidiram que era melhor realizar o julgamento em uma outra data, que será no próximo dia 1° de junho.
O advogado de defesa do réu Dr. Gustavo Bonifácio, revelou que para a defesa “a mudança de data não seria favorável, pois nós sabemos da inocência do acusado, que vai ficar mais tempo preso. Ao mesmo tempo sabemos da importância dessas provas então decidimos concordar com a mudança de data. A intensão da defesa é sempre diligenciar para que o processo invariavelmente siga o sentido do justo, esse laudo é importante para definir até que ponto nosso cliente tenha participação no crime, ou não, como nós sustentamos na defesa.”
O advogado ainda falou sobre a demora do estado na elaboração dos laudos periciais, “Isso mostra a extrema carência da POLITEC, que não tem os aparatos necessários para se quer realizar um exame de DNA, que é extremante necessário para persecução criminal.”
O Promotor criminal, Dr. Arivaldo Guimarães, explicou que “a falta de insumos do Governo do Estado fez com que não fosse juntado ao processo um exame de DNA, eles nos deram um prazo para resolver essa questão, então para termos um julgamento mais justo para os envolvidos nós resolvemos resignar esse julgamento, que será realizado no próximo dia 1° de junho.”
O Promotor ainda falou sobre a importância de provas tecnicas em um julgamento, “nós gostamos muito das provas técnicas por que elas são objetivas, os testemunhos são importantes, mas a prova técnica trás luz aos fatos em locais que às vezes não tem como se dirimir somente com as testemunhas, ainda mais nesse caso que é um exame de DNA, que quase sempre são conclusivos, por esse motivo vale a pena aguardar.”
Além do crime de homicídio, Edson ainda vai responder pelo crime de porte ilegal de armas, já que no dia do crime em seu caminhão foi encontrado uma pistola calibre .380 .
O acusado nega ter cometido o crime, o Diário esteve presente no dia em que o acusado foi preso pelos Policiais Militares, na época o caminhoneiro disse que viu a mulher já nua pedindo socorro na rua e resolveu ajudar, quando chegaram próximo à subestação, segundo sua versão, a vítima deliberadamente abriu a porta do caminhão e saltou, morrendo após alguns metros.
Por outro lado as testemunhas do fato negam a versão do caminhoneiro, disseram que ele estava parado com o caminhão no local, ainda que o suspeito teria puxado a mulher ferida e nua para fora e depois fugido para o Posto Paraná, onde ele foi detido pelos policiais militares.
Paulo Pietro
Paulo Pietro
