Avaliada em R$ 46 milhões, parte da estrutura da antiga BRF em Campo Verde, a fábrica de rações, foi adquirida pelo grupo Campo Verde Alimentos. Os novos proprietários já estão em posse das chaves. A aquisição enche de esperança pessoas ligadas ao setor de avicultura e também de proteína animal. Mas há especulações de que o grupo deve mudar o foco do investimento na cidade.
Informações levantadas pelo Jornal O Diário, apontam que pode haver uma reviravolta nos rumos dos investimentos da empresa, que tem como principais investidores Cidinho Santos e Otaviano Pivetta. Foram os dois que também compraram o terreno onde seria instalado o frigorifico de frango da BRF inicialmente, por entenderem que o local seria perfeito para atividade. O início da obra foi adiado por várias vezes e segue sem previsão para começar. Porém, as variações de mercado devido a pandemia podem ter mudado os planos do grupo, que poderia estar pensando em investir em outro setor.
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A experiência com o mercado de suínos do empresário e vice-governador Otaviano Pivetta, um dos principais investidores da Campo Verde Alimentos, que também é sócio da Excelência, empresa voltada para suínos localizada em Nova Mutum, podem ter influenciado na decisão de mudar os projetos de Campo Verde, que segundo fontes ouvidas pela reportagem, podem mudar de ramo, saindo da avicultura e partindo para suinocultura.
O fato de ter adquirido a fábrica de ração da BRF, não influenciaria nesta decisão, porque também poderia ser utilizada para os suínos.
A reportagem entrou em contato com a Associação Campo-Verdense de Avicultura – ACAV, para saber se há alguma informação oficial sobre essa possível mudança. O presidente Clodoaldo Lima, disse desconhecer o fato de maneira oficial, que somente ouviu boatos, mas revelou que acredita que qualquer mudança nos planos deveria ser avisada a classe interessada, que está há mais de três anos paralisada desde a desistência da BRF na atividade. Ele ainda afirmou que espera nesta semana realizar uma reunião com os investidores para saber o que está acontecendo.
Segundo levantado, essa não é a primeira vez que um município muda de foco na produção de proteína animal que, mesmo se for esses os planos da empresa, os antigos aviários poderiam ser adaptados e dar lugar as pocilgas, como já aconteceu em Santa Catarina por exemplo.
O que é certo neste momento é que a decisão não deve sair agora, e que a população e principalmente os empresários do setor devem ter paciência mais uma vez, quanto a sobrevida deste que era um importante setor da economia local.