O Procon de Campo Verde está alertando os comerciantes e empresários do município quanto a um novo golpe que vem acontecendo com frequência na cidade e fazendo vítimas em Campo Verde.
Segundo os dados aproximadamente 10 empresas da cidade já foram vítimas desse golpe. Os valores exigidos são altos, em um dos contratos que a reportagem deve acesso, eles exigiam o pagamento de 12X de R$ 498,00 e as cobranças não param por ai, eles ainda inventam taxas e ameaçam negativar a empresa e ainda cobrar a dívida judicialmente. Entenda como ele funciona, para não se tornar a próxima vítima.
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O empresário, lojista ou administrador recebe uma ligação, no outro lado da linha uma pessoa simpática, solícita, informa que a ligação é apenas para confirmação de dados, que não haverá nenhum custo para atualizar os dados da empresa na lista telefônica.
Eles informam que será enviado um documento por e-mail ou fax que deve ser assinado e enviado com urgência para evitar que o nome da sua empresa não seja veiculado na lista telefônica do próximo ano. Em seguida, um fax ou e-mail é enviado para a vítima, que deve bater o carimbo da empresa, assinar para que seja feita a tal “confirmação” dos dados. A partir daí, começa o tormento.
Após a assinatura da vítima, a empresa responsável pelo golpe começa a enviar boletos de cobrança, ameaças de protesto, inscrição nos órgãos de proteção ao crédito e mais, eles chegam ao cúmulo de se identificarem como tabeliães de cartórios, funcionários de fóruns, como aconteceu em Campo Verde.
Essas empresas trabalham todas da mesma forma, a maioria desses golpistas está localizada na região de Campinas/SP e São Paulo/SP. Os lojistas devem ficar atentos, não podem aceitar qualquer contrato com anúncio publicitário em lista telefônica, a não ser que já conheça a empresa responsável, devem sempre duvidar de contratos “sem custo” e de ligações que pedem para assinar qualquer documento e devolver com urgência.
Essa atitude caracteriza crime de estelionato, o Procon orienta que, caso tenha sido vítima deste golpe, procure a Polícia Civil e faça um Boletim de Ocorrência.
Os Procon’s e Juizados Especiais de todo país já conhecem esse golpe, e o que se verifica é que essas empresas mudam de nome e CNPJ constantemente. Esses estelionatários fazem pressão psicológica com as vítimas, alegam que o nome será protestado ou inscrito nos órgãos de proteção ao crédito, ligam e mandam e-mails ameaçadores exigindo o pagamento urgente dos boletos e algumas vezes concedem até “desconto” no valor total da dívida se a vítima quiser rescindir o contrato após o prazo de 07 (sete) dias, reduzindo a suposta dívida em 40%.
A recomendação é que o fornecimento de qualquer tipo de dado seja feito apenas de forma confiável, não bata o carimbo da sua empresa e assine qualquer documento sem ler todo o conteúdo do documento e entender porque deve assinar aquele documento.
O Procon também orienta que em caso de dúvida, não realize nenhum pagamento antes de consultar um advogado, ou o próprio órgão. Se porventura cair no golpe, a orientação é não ceder ao “terrorismo”, não pague nenhum boleto, pois, não houve uma contratação ou sequer prestação de serviço, o que houve foi o crime de estelionato.
Se for ameaçado, devolva na mesma moeda, diga que conhece o golpe da lista telefônica e que irá procurar a Polícia Civil para registrar um Boletim de Ocorrência.
Os empresários devem orientar seus prepostos no sentido de que jamais repassem informações restritas da empresa por telefone. Toda e qualquer prestação de serviço que porventura necessite ser contratada deve obedecer a critérios de checagem e verificação de todo conteúdo do contrato, verifique previamente as informações e os dados da empresa que está solicitando a assinatura daquele contrato ou documento.
Esse golpe não é novidade, tem registros dessa modalidade desde 2009 no Brasil, mas agora voltou à tona em outros estados, além de São Paulo.
Os golpistas são convincentes, até mesmo contratam advogados interpostos nos municípios para atender as demandas, mas o segredo é primeiro não cair, mas se já assinou não se preocupe, não pague, procure a delegacia que a situação deve ser resolvida.