O mercado da soja em Campo Verde tem boas perspectivas para os meses que seguem apesar da queda das bolsas de Chicago. Atualmente os preços da commoditie na região estão na casa dos R$ 83 a saca, o preço é regular para esta época do ano, mas as previsões indicam que podem chegar próximo aos R$ 90 se tudo se manter como planejado.
O Diário entrou em contato com o José Luiz Lima conhecido como Zeka, da Corretora Bom Sucesso, para falar sobre o assunto ele nos explicou que “neste período estamos esperando as definições do mercado americano quanto a plantio e saindo de uma safra brasileira. Percebemos que essas correções são naturais se compararmos com bases históricas, os meses de vendas dos produtores nunca foram entre julho e agosto, pois o foco está voltado atualmente para o milho. O movimento negativo continua sobre os futuros da soja negociados na Bolsa de Chicago e, nesta quarta-feira (6), perdiam de 12 a 14,25 pontos nos principais vencimentos, por volta das 8h10 (horário de Brasília). O mercado climático norte-americano segue no foco dos traders internacionais e, com isso, somente o contrato julho/16 ainda era negociado acima dos US$ 11,00 por bushel.
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Mas a situação não preocupa o setor segundo Zeka, “essas correções são normais nessa época do ano. Quem está comprando atualmente o que está disponível são as próprias industrias internas e não para exportação. Acreditamos em um cenário muito positivo a partir de setembro e dezembro, quando se define a próxima safra.”
O preço atual está sendo definido pelas indústrias, para formatar isso é levado em conta os preços de Chicago e são somados os prêmios das empresas que estão necessitando da soja. Neste caso especifico a maioria destas empresas estão localizadas no Mato Grosso. “O farelo está caindo um pouco mais, porque está havendo o enfraquecimento no mercado interno de consumo, que viraria ração para suinocultura, avicultura. Então o preço deste farelo está travado por que o pessoal não está conseguindo repassar esse produto da soja que foi comprada há uns dias atrás”, explicou Zeka.
Tudo ainda está na base das hipóteses, o clima na região produtora dos EUA também é favorável se acontecer como o previsto à safra americana deve ser um sucesso e os preços devem cair ainda mais. Caso as chuvas não ocorram nas próximas semanas à expectativa positiva deve mudar e os preços se manterem estáveis.
Por outro lado o produtor local não deve se precipitar, pois a bolsa deve elevar os preços num futuro próximo, pois os estoques das industrias estão ficando reduzidos e isso vai elevar o preço do produto já que a procura deverá ser maior. “A tendência do mercado é que o preço volte na casa dos U$ 12 por bushel, hoje está na casa dos U$ 11. Mantendo esses U$ 12 e os preços do câmbio entre R$ 2,30 à 2,50 em relação ao dólar, que são os valores que o governo pretende manter, estariam transformando essa soja em torno de R$ 85 a 87. Mas isso também depende da manutenção desta taxa de câmbio”, finalizou Zeka
A exportação também se manterá firme, tanto os mercados europeus quanto os asiáticos devem continuar comprando e essa sequencia também deve ajudar o produtor na hora de vender seus commodities.