Nem tudo são espinhos na atual fase, uma atividade que é realizada há muito tempo no Brasil e em Campo Verde, está em extrema ascensão. A avicultura, que há alguns anos atrás inspirou desconfiança, com a possibilidade da saída da empresa Sadia da cidade, agora respira aliviada e propõe que mais pessoas ligadas à área agrícola realizem investimento para produção de aves.
O Brasil é um dos maiores exportadores de frango do mundo, muitos países não tem espaço físico nem condições climáticas para a criação de frango, como no Brasil estas condições são favoráveis era notório que haveria uma recuperação, que agora está acontecendo. Atualmente somente Campo Verde, abate cerca de 140 mil aves por dia, mas o frigorifico já está preparado para abater 150 mil e este número deve crescer em breve se seguir o ritmo frenético de ascensão. Para se ter uma ideia há um ano atrás este número variava entre 100 e 110 mil aves em menos de um ano houve um aumento de 30 mil aves por dia. A BRF, que compra as aves dos produtores locais, já reativou alguns aviários que estavam sem utilização e pretende construir 48 novos a toque de caixa, para atender toda essa demanda.
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A maioria do frango que sai de Campo Verde é exportado, segundo o Presidente da ACAVE-Associação Campo-Verdense de Avicultura, Sr. Clodoaldo Gomes de Lima, “ nós sabemos que a produção de Campo Verde, vai uma parte para o Japão, uma parte para Europa, outra para China e Oriente Médio. Como dólar está alto o mercado de exportação está muito favorável.” O atual desafio dos avicultores é a reestruturação de normas sanitárias, para atender a exigências de mercados consumidores exigentes ,como explicou Ander Betim, Diretor Executivo da ACAVE. “Não podemos descuidar quanto a essa questão da regulação sanitária, quem compra da gente, muitas vezes não tem o controle sanitário que nós temos em seus países, por esse motivo compram da gente, então exigem um grande controle de nossa parte.”
Hoje o principal problema encontrado nessa área de sanidade é quanto o “manejo de intervalo” que seria a etapa em que se limpa o aviário para colocar novos pintinhos. “Hoje um faz de um jeito, outro faz de outra maneira, nós precisamos padronizar isso. Por isso pedimos a BRF para que ela terceirizasse esse manejo, dividindo os custos entre a integradora e os associados da ACAVE. Mas esse custo logo será pago devido a maior produtividade e aumento ou manutenção das exportações.” Explicou o Presidente da ACAVE.
Um dos novos compradores do frango produzido na nossa região é o México, que recentemente teve problema de epidemia de gripe aviária e teve que abater quase 80% de suas aves. “É a primeira vez na história, que o Brasil exporta frango para o México, há uns 15 dias foi um container de frango para lá, esse frango é daqui de Campo Verde e região.” Reiterando com orgulho Clodoaldo sobre o feito obtido.
A expectativa dos avicultores é que o negócio cresça ainda mais, com novos compradores surgindo, novos produtores para aumentar essa cadeia produtiva, com a adaptação às normas sanitárias de países de primeiro mundo e aumento da capacidade dos aviários, que também passarão por reformas para adaptação.
