Para ampliar os negócios, a Rumo foca na chamada Ferrovia de Integração Estadual de Mato Grosso, que será construída em regime de autorização pela empresa. “A ideia é construir alguns quilômetros este ano”, disse o presidente executivo da Cosan, Luis Henrique Guimarães, em entrevista online a jornalistas, após o evento.
Mais cedo, o CEO da Rumo, João Alberto Abreu, disse estar otimista com o início da obra, que depende agora da concessão de uma licença de instalação esperada para as “próximas semanas”.
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A nova ferrovia vai partir de Rondonópolis, onde a Rumo tem um terminal que se conecta com a Malha Paulista, já um corredor fundamental para o escoamento de produtos do agronegócio.
O primeiro trecho da ferrovia deverá ligar Rondonópolis até Campo Verde e, posteriormente, o projeto é de que a estrada de ferro tenha como destino final Lucas do Rio Verde, no médio-norte mato-grossense.
Segundo Abreu, o projeto deverá ser implementado de forma modular para preservar a flexibilidade financeira da empresa.
Guimarães detalhou que o primeiro trecho terá cerca de 200 km, e ressaltou que os custos de transportes alternativos a ferrovias estão subindo, o que beneficia o projeto da Rumo. “Portanto, o mercado vai se ajustar nos níveis de frete e retorno necessários para viabilizar projetos de infraestrutura”, afirmou.
Ele ainda apontou que a BR-163, rodovia que acaba concorrendo com o modal ferroviário em Mato Grosso, deve começar a ter um pedágio no final do ano, elevando os custos do frete por rodovia. “Tudo isso contribuirá para a grande competitividade que a extensão da Malha Norte vai ter”.