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NOTÍCIAS DE CAMPO VERDE Segunda-feira, 26 de Julho de 2021, 06:28 - A | A

Segunda-feira, 26 de Julho de 2021, 06h:28 - A | A

LOGÍSTICA

Ferrovia é o que faltava para a região se tornar ainda mais competitiva no agronegócio

A previsão é que a ferrovia estadual ligando Rondonópolis a Cuiabá também passe por Campo Verde

Da Redação

Depois que o governador Mauro Mendes lançou o edital do chamamento público para a construção da primeira ferrovia estadual em Mato Grosso, o assunto tem tomado conta das redes sociais e também dos debates das entidades que seriam beneficiadas com o novo meio de transporte e da população em geral, que entendem que o agronegócio é o carro chefe da nossa economia e que a chegada dos trilhos de ferro pode trazer grandes avanços para Campo Verde. 

A ferrovia inicialmente seria licitada pela federação, mas a morosidade do governo federal e a necessidade do estado em melhorar a infraestrutura do transporte para carregar suas riquezas, fez com que o governo do estado se antecipasse.  A nova ferrovia vai interligar Cuiabá a Rondonópolis, passando por Campo Verde, bem como Rondonópolis com Nova Mutum e Lucas do Rio Verde, além de se conectar com a malha ferroviária nacional, que dá acesso aos portos.

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No dia do lançamento, além do Prefeito Alexandre Lopes estar presente na cerimônia em Cuiabá, o presidente do Sindicato Rural de Campo Verde, Alexandre Pedro Schenkel fez questão de acompanhar de perto o momento histórico para o agronegócio da região.

Durante essa semana em entrevista ao Jornal O Diário, o presidente do Sindicado Rural explicou que para o agronegócio as ferrovias são imprescindíveis. “Nos espelhamos em outros países que possuem vários modais eficientes de transporte, ferrovias, hidrovias, rodovias de qualidade, sabemos que desta maneira geramos uma concorrência na questão do frete e com maior eficiência. Elevando o patamar da nossa logística, tanto para levar nossos produtos aos consumidores, quanto para receber os insumos necessários, então a ferrovia só vai agregar mais valor aos produtos do estado”.

Segundo a estimativa do Sindicato Rural de Campo Verde, o preço do custo do transporte com a ferrovia deve cair pela metade ou até menos, conforme os estudos realizados, o que representa muito para a cadeia de negócios envolvida.

Ainda conforme Schenkel, o que diferencia esse lançamento do governo estadual das demais promessas de ferrovias que não saíram do papel é a proatividade. “Esse chamamento foi um passo muito concreto e importante para que os investidores se mostrem com seus projetos, para que seja construída a ferrovia conforme as regras solicitadas. Será um trabalho de anos, mas já existem prazos pré-definidos, empresas grandes e experientes interessadas, acreditamos que dessa vez o projeto saia do papel”, ressaltou.

O prazo inicial para que os trilhos cheguem de Rondonópolis a Cuiabá passando pela região é até 2025 e o prazo para que seja concluída é 2028. O importante, segundo Schenkel, é que o intermodal seja próximo no máximo num raio de 50 km, para tornar a operação ainda mais interessante.

 

A INSTALAÇÃO DO TERMINAL

Apesar de a administração de Primavera do Leste ter anunciado que o município deve receber o intermodal, inclusive constar nas informações divulgadas pelo governo, Campo Verde também tem interesse em abrigar essa estrutura, a informação que recebemos é que essa deve ser uma decisão técnica, em que será observado qual a melhor logística que atinja um número maior de produtores.

Neste caso Campo Verde deve largar na frente, já que a cidade fica em um importante entroncamento entre Cuiabá, Santo Antônio do Leverger, Jaciara, Chapada dos Guimarães, Dom Aquino e Planalto da Serra, abrigando centenas de produtores rurais, além de indústrias ligadas a verticalização do agro e empresas de logística. 

A empresa que está no páreo para concorrer a licitação é a Rumo, ela já tem o projeto pronto, sendo uma das únicas que pode atender as exigências.

No dia 19 foi aberto prazo de 45 dias para que outras empresas possam apresentar propostas para explorar o mesmo trecho.  Caso não sejam apresentadas propostas, a Rumo será autorizada a iniciar o projeto.

Previsão é de um investimento de R$ 12 bilhões em 730 quilômetros de ferrovias, com velocidade média prevista de 80 km/h. Pelas regras, as obras têm que começar seis meses após a emissão da licença ambiental, o que será feito pelo estado e municípios.

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