Deve iniciar em abril deste ano, as obras para implantação de trilhos ferroviários em Mato Grosso, serão duas frentes de trabalho no estado, uma delas partindo de Mara Rosa (GO) rumo à cidade mato-grossense de Água Boa, a outra é a expansão da Ferronorte, passando pela cidade de Campo Verde.
As obras, depois de concluídas, serão importantes fatores para o desenvolvimento econômico do município, gerando emprego e renda e diminuindo os custos com o transporte da safra agrícola e o recebimento de insumos.
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Campo Verde se tornará um importante entroncamento rodoferroviário, com a pavimentação da MT-140 que liga a cidade à regiões produtoras do médio-norte mato-grossense e a implantação de um terminal de embarque da Ferronorte.
De acordo com a Rumo Logística, a ampliação da Ferronorte é um compromisso da empresa firmado depois da aprovação da prorrogação antecipada da concessão da malha ferroviária paulista pelo Tribunal de Contas da União (TCU).
A viabilidade econômica do empreendimento já foi aprovada e aguarda aprovação do Projeto Ambiental pelo Ibama e do projeto técnico pela Agência Nacional de Transportes Terrestres. O ministro da Infraestrutura, Tarcísio de Freitas, garantiu que a Ferronorte vai ser expandida até Cuiabá e depois Lucas do Rio Verde. Hoje a ferrovia que liga Sudeste e Centro-Oeste é de propriedade da Rumo Logística tem 755 km de extensão.
A extensão da Ferronorte garante investimentos no Estado na ordem de R$ 8,5 bilhões pela concessionária Rumo e deverá ser a primeira ferrovia brasileira a ser construída pelo regime simplificado de autorização.
De acordo com o projeto acordado pelos senadores com o Ministério da Infraestrutura, a empresa irá expandir os trilhos de Rondonópolis, onde possui o maior terminal de cargas da América do Sul, em direção a Campo Verde, Cuiabá, Nova Mutum e Lucas do Rio Verde.
Terrenos para isso já teriam sido adquiridos. A aprovação do novo Marco Regulatório das Ferrovias pelo Senado, tem votação prevista para a quarta-feira (24). A previsão de expedição da autorização para o início das obras é entre o final de abril e o início de maio.
Desde sua inauguração, a Ferronorte se consolidou como parte do principal corredor de exportação do agronegócio brasileiro, sendo responsável pelo escoamento de grande parte dos grãos produzidos no Oeste do país.
NA OUTRA PONTA DO ESTADO
O ministro da Infraestrutura, Tarcísio Freitas, acredita que no Vale do Araguaia a safra 2025/26 já seja escoada pelos trens. Na semana passada, o ministro recebeu o prefeito eleito de Água Boa Mariano Kolankiewicz (MDB), em seu gabinete, para tratar desse assunto.
Ele revelou que a obra começará em Mara Rosa, onde há estrutura de galpões, materiais para a construção e mão de obra qualificada, por se tratar de uma cidade ao lado dos trilhos da Ferrovia Norte-Sul, com a qual a Ferrovia de Integração do Centro-Oeste - Fico se conectará.
Tarcísio Freitas destacou que não há nenhum impedimento para a obra. Segundo ele, não há barreira ambiental, o projeto básico foi elaborado em 2010 e o projeto executivo se encontra em fase adiantada, mas que a construção pode ser levada adiante enquanto o projeto executivo é formatado.
Além disso, o Tribunal de Contas da União deu o sinal verde para largada da Fico.
No percurso, serão construídas 18 pontes, sendo duas grandes: sobre o rio Araguaia e o rio das Mortes; três viadutos e recuos – onde uma composição aguarda a passagem de outra, em sentido contrário.
A obra é orçada em R$ 4 bilhões. A construção da Fico é resultado de uma costura administrativa do Governo com a mineradora Vale.