Essa é a semana mundial da pessoa com autismo, o dia mundial é celebrado anualmente em 2 de abril (sábado passado) , foi criado pela Organização das Nações Unidas em 18 de dezembro de 2007 para a conscientização acerca dessa questão.
Em Campo Verde a APAE conta com alguns alunos que são autistas e como em qualquer local do mundo, tem suas características marcantes. A psicóloga da instituição, Michele Jacob explicou que os autistas geralmente tem dificuldades na interação social, no contato visual, prejuízo na comunicação, vivem em um mundo a parte. “Apesar de ter essas características, nós trabalhamos muito com esses alunos, na parte cognitiva, motricidade e interação. Não é uma imposição, quando eles não querem nós deixamos. Não se pode obrigar os alunos autistas a realizarem atividades, tem que ser na hora em que estão dispostos e esse trabalho da resultado.” Disse a psicóloga.
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A professora Betigiane Maria Sampaio, revelou que seus alunos com autismo gostam de realizar atividades esportivas, “eles gostam de brincar com massinha, atividades de motricidade e praticar esportes. Mas tudo tem que ser do jeito deles, eles são os árbitros e os donos da bola.” O autismo tem vários graus que vai de bem leve, que é quase imperceptível, até os casos mais severos em que torna qualquer interação social muito difícil.
Hoje o diagnostico do autismo está bem esclarecido, psicólogos, psicopedagogas e neurologistas descrevem bem a diferença de uma pessoa que tem autismo, com as que possuem outras síndromes. Isso tem facilitado no inicio rápido de um tratamento especializado. Michele explicou que “com três anos, já conseguimos dar um diagnóstico de autismo e quanto mais cedo começam a trabalhar suas dificuldades, mais chances tem de conviver em sociedade.”
Porém o que ainda acontece são que pais não querem admitir o problema que tem os filhos e acabam adiando muito o inicio do trabalho especializado. Muitos tentam obrigar os filhos autistas a conviverem de forma comum, causando traumas ainda piores. Segundo a diretora da APAE Campo Verde Rosilene Lopes “Assim como outras síndromes, quando os pais descobrem o autismo ficam muito chocados e muitos acabam não aceitando. Na verdade esse é um processo dolorido que eles tem que passar essa fase e aceitar, depois que consegue assimilar isso as coisas ficam mais fáceis. O quanto antes os autistas comessem esse trabalho de interação e socialização melhor é. Nós percebemos a evolução aqui na APAE não só em relação ao autismo.”