Em meio à crise politica e econômica que vive o Brasil, o inicio de 2016 não tem sido fácil para quem vive do comércio. Em meio a esse emaranhado brasileiro o município de Campo Verde, que sempre foi uma força econômica pulsante no estado de Mato Grosso, tenta remar contra a maré, mas já começa a dar sinal de cansaço. Mesmo em época de páscoa, que sempre atrai muitas pessoas aos mercados e lojas, o comerciante campo-verdense não conseguiu deslanchar. Enquanto algumas pessoas falam estagnação outros falam em crise.
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O presidente da ACICAVE – Associação Comercial e Industrial de Campo Verde Jair Kreibch, explicou que se compararmos o ano de 2016 com os demais, vamos perceber que realmente ouve uma retração no consumo. “As pessoas estão cautelosas de realizarem novas dividas, estão tentando organizar a vida e pagar o que estão devendo, até por que, tem medo do que pode vir pela frente. Essa onda de incerteza que mina o comerciante.” Disse Jair.
Por ser uma cidade essencialmente agrícola e este seguimento ainda se manter estável, mesmo diante à crise. A manutenção de empregos e geração de novos continua acontecendo em Campo Verde, fator que demostra que a retração com certeza é maior pelo medo do futuro. Outro fator que afeta a economia do município é a taxa de juros, o presidente da ACICAVE, frisou que “com a taxa de juros alta, as pessoas não se animam em comprar bens mais duradouros como eletrodomésticos, veículos e imóveis. Isso faz com que o mercado não gire.”
Para o proprietário do Supermercado Itália, Deni Gueno, o inicio do ano foi ruim, no mês de março ele já conseguiu ver algumas melhoras, mas ele alertou para mudança de comportamento do consumidor. “Antes as pessoas gastavam com ovos de páscoa, brinquedo, neste ano percebemos que a procura por peixes, verduras e frutas foi maior. Para as crianças as pessoas preferem comprar barras de chocolate, caixas de bobom.”Deni quantificou que as vendas de ovos em 2016 caíram aproximadamente 40%, se comparadas ao mesmo período do ano passado.
A esperança dos comerciantes é que se resolva o quanto essa incerteza politica, como os empregos continuam estáveis no município, o que falta para as vendas voltarem à normalidade é a população ter um futuro mais concreto.