Tudo parado, assim como no resto do Estado Campo Verde sofre com a greve dos funcionários públicos de Mato Grosso. Serviços como da Polícia Civil estão registrando flagrantes e dando continuidade às antigas investigações, como do Indea fundamentais para o setor agropecuário, do Detran que atinge todos os proprietários de veículos e Escolas Estaduais que estão deixando milhares de alunos fora das salas de aula. São 21 dias de paralisação e não existe a previsão de negociação que satisfaça os dois lados.
No caso do 51° Ciretran de Campo Verde que vinha funcionando a algum tempo com número funcionários reduzido e havia atraso a situação depois da greve deve ser pior já que os serviços acumularão. Mesmo caso do Indea que aderiu a greve três dias antes do prazo final dos criadores para entrega do relatório de animais vacinados. O órgão ainda é responsável pela fiscalização em loco dessas vacinas e pelo controle sanitário nas saídas e entradas do Estado, apesar de haver certo contingente que realizam os 30% de funcionamento obrigatório de alguns setores estão congestionados.
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Nas escolas estaduais a situação é pior, além do RGA eles exigem ainda a saída da MTPAR, uma PPP (Parceria Pública Privada) que seria instituída para administrar algumas escolas do Estado. O Diário entrou em contato com a presidente da Sub-sede do Sintep Eliana Sanches, ela disse que não existe previsão para um acordo. “Além de não concordarmos com a última proposta feita pelo governador quanto ao RGA, tem a questão da MTPAR que para nós é ponto fundamental nesta greve. Se somente o RGA for concedido e não houver acordo quanto a MTPAR vamos continuar em greve”, explicou Eliana.
Por outro lado as conversas já estão fluindo melhor segundo a presidente o Governo está mostrando-se mais maleável a negociações, mas não existe nada concreto.
Na segunda-feira em reunião com o Sintep o secretário de Educação Marcos Marrafon comprometeu-se em manter o MTPAR apenas para a construção, reforma e ampliação das escolas. O restante do documento será suspenso. Mas segundo a visão de Eliana somente se uma proposta estiver no papel e um edital de concurso público for lançado à greve deve cessar. “O Governo descumpriu acordos antes então não queremos correr esse risco, terá de publicar um edital para termos certeza que ele não irá privatizar o ensino público”, finalizou Eliane.
As outras categorias ficam satisfeitas somente com o pagamento do RGA, mas a proposta parcelada não atende a ala mais radical dos sindicalistas. As reuniões com o governo estão em pleno vapor à expectativa é que essa semana exista novidades.
Para a próxima sexta-feira estão marcada várias atividades no estado que incluem passeatas do fórum sindical em Cuiabá.
Por outro lado, a pressão é grande em cima do funcionalismo que está paralisado, o Governo também estuda a possibilidade de descontar pontos dos funcionários que estão em greve, já que a mesma foi considerada ilegal pela Justiça.