Com a presença maciça de representantes de várias entidades do setor produtivo e de lideranças comunitárias, a aguardada Audiência Pública para discutir sobre o avanço dos trilhos para Cuiabá da Ferrovia Senador Vicente Emílio Vuolo com a Rumo Logística, empresa responsável pela construção de toda a via férrea, não teve um resultado satisfatório, na opinião daqueles que desejam ver a ferrovia funcionando na capital.
O secretário municipal de Agricultura, Trabalho e Desenvolvimento Econômico e presidente do Fórum Pró-Ferrovia, Francisco Vuolo afirmou que a Audiência não atingiu ao objetivo proposto e mostrou-se decepcionado com a ausência da diretoria da Rumo Logística. “As falas dos gerentes de coordenadores técnicos que se manifestaram pela empresa foram exclusivamente técnicas.
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Em relação ao cumprimento do contrato que prevê até 2025 a ferrovia para Cuiabá, a Rumo não se manifestou de forma concreta, a não ser dizendo que até 2026 estaria chegando a Campo Verde. Em relação às licenças ambientais, disseram que existe uma possibilidade que a solicitação da licença para Cuiabá seja feita no ano que vem. Essa situação é muito aquém daquilo que a gente esperava, um desrespeito a essa Casa de Leis, tendo em vista que o requerimento foi solicitado por oito deputados”, criticou reforçando a preocupação da gestão Emanuel Pinheiro com o desenvolvimento da cidade.
Visivelmente contrariado, o deputado Wilson Santos propôs a criação de uma comissão para fiscalizar o andamento da construção. “Quero deixar aqui uma sugestão. Que nós deputados façamos uma comissão junto com a sociedade civil para fazer o acompanhamento daqui para frente. Assim como esse plenário concedeu, autorizou a concessão, esse plenário pode cassar também a concessão”, comentou. A proposta foi prontamente acatada pelo presidente da mesa, deputado Julio Campos e demais presentes.
Vuolo revelou que irá convocar uma reunião junto à Ordem dos Advogados do Brasil – OAB com os integrantes do Fórum Pró-Ferrovia para fazerem uma avaliação da Audiência Pública. “Nós não somos contra a ferrovia ir para Lucas do Rio Verde, mas existe um contrato assinado com prioridade para a Cuiabá. O mesmo acontece com Campo Verde: se é importante economicamente para a empresa chegar a Campo Verde, não há problema nenhum, desde que os prazos sejam respeitados e que chegue no município ao mesmo tempo que chegue a Cuiabá. Esses entendimentos quem tem que explicar é a diretoria da Rumo Logística e a sua ausência aqui sem dúvida alguma deixou esse ponto de interrogação na cabeça de todos nós”, concluiu.
Fonte: Prefeitura de Cuiabá - MT