A vacina contra gripe, instituída no Brasil desde 2010, sempre foi uma geradora de polêmicas. Muitas histórias absurdas e até relatos de pacientes que tomaram a vacina, acabaram por afastar o público alvo da vacinação em muitos locais do Brasil. Esses relatos vão desde efeitos colaterais, que podem realmente aparecer, até histórias fantasiosas e teorias da conspiração, que pregam que o governo estaria tentando diminuir a população através da vacinação.
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A verdade é que a vacina contra os vários tipos de vírus Influenza (gripe), pode gerar um pequeno desconforto em algumas pessoas, mas os benefícios ao longo do período de imunização são muito satisfatórios. Pesquisas comprovam que pacientes que se vacinaram constantemente nas campanhas, ficam menos vulneráveis ao vírus, quase zerando a possibilidade de ficar gripado.
Até agora no Brasil, menos 50% do público alvo foi vacinado, no estado de Mato Grosso esses números acompanham a média nacional, em Campo Verde, até agora 62% do público foi vacinado, mas essa média deve subir, segundo nos explicou a Chefe da Vigilância Epidemiológica de Campo Verde, Vânia Sanches Franceschi, na tarde de quinta-feira (25) já se deve ter um número mais atualizado, pois várias pessoas estão procurando os postos de saúde, nestes últimos dias. A Campanha de 2017 vai até o próximo dia 26, sexta-feira, mas é provável que a campanha seja prorrogada, já que o objetivo do Governo Federal é imunizar 90% da população alvo.
A população que deve ser vacinada inclui crianças de seis meses a menores de cinco anos; pessoas com 60 anos ou mais; trabalhadores de saúde; povos indígenas; gestantes, puérperas (até 45 dias após o parto); população privada de liberdade; funcionários do sistema prisional; pessoas portadoras de doenças crônicas não transmissíveis ou com outras condições clínicas especiais; e professores, que são a novidade deste ano.
As pessoas que estão dentro do público alvo podem ser vacinadas em qualquer uma das unidades de saúde do município, até a próxima sexta-feira 26.
Vacinação contra HPV
Já a vacinação contra HPV, que também está em baixa no Brasil devido aos efeitos colaterais e lendas urbanas, já faz parte do calendário de vacinação dos brasileiros.
A recomendação do Ministério da Saúde é que meninas de 9 a 14 anos e 11 meses e meninos de 12 a 13 anos e 11 meses sejam vacinados. A vacina contra o HPV beneficia também os meninos porque diminui os riscos de câncer de pênis, garganta e canal anal.
“A conscientização dos meninos sobre a necessidade da vacina precisa ser maior. A mulher procura o ginecologista para falar de câncer de colo de útero. O homem não procura o urologista para falar sobre câncer de pênis, garganta e ânus. Só procura quando tem algum sinal. Por isso, precisa saber que a vacina contra o HPV também é benéfica para eles”, afirma o oncologista clínico Luís Onofre.
A vacina oferecida no Brasil é a quadrivalente, que protege de 4 subtipos de HPV, inclusive os que podem causar câncer de colo de útero. Ela deve ser tomada em duas doses em um intervalo de 6 meses.
“Anteriormente 3 doses eram indicadas. Mas estudos confirmaram que duas já teriam eficácia. É importante ressaltar que não há pesquisas que indiquem que apenas uma dose seja suficiente para garantir a proteção. Então tem que tomar as duas doses”, explica o oncologista Fernando Maluf, um dos fundadores do Instituto Vencer o Câncer.
Essas vacinas também estão no calendário nacional e podem ser tomadas nos postos de saúde, desde que esteja no enquadramento de idade da campanha.