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NOTÍCIAS DE CAMPO VERDE Terça-feira, 26 de Julho de 2022, 06:30 - A | A

Terça-feira, 26 de Julho de 2022, 06h:30 - A | A

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Com produção em alta Campo Verde vê com otimismo o mercado do algodão

O parque fabril da empresa do Grupo Rovitex, deve entrar 100% em funcionamento ainda no segundo semestre deste ano

Da redação/Com Informações Incofibras

Campo Verde já é a cidade que concentra o maior polo de fiação de todo estado de Mato Grosso, apesar de já não ser o maior produtor da pluma do estado, que hoje em dia é Sapezal. A cidade que foi conhecida por muito tempo como a Capital do Algodão ainda está entre as três que mais produzem, e devido a tradição e o pioneirismo, a que acabou atraindo o maior número de indústrias de processamento.

Hoje o estado de Mato Grosso é o maior produtor de algodão do Brasil, e é o segundo maior exportador de algodão do mundo. Segundo uma matéria publicada pela assessoria da Incofios (empresa do Grupo Rovitex presente em Campo Verde), há 20 anos o país era um dos maiores importadores da fibra. No ano passado, se consolidou como o segundo maior exportador e a meta é se tornar o primeiro até 2030.

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Os dados mostram que o Brasil segue no caminho certo. De agosto de 2020 a julho de 2021, a exportação de algodão totalizou 2,4 milhões de toneladas. Um crescimento de 23% com relação à safra anterior. As exportações geraram uma receita de US$ 3,8 bilhões. O Brasil, sozinho, vende mais do que os 14 países exportadores da África juntos. Hoje o país é o quarto maior produtor mundial, atrás apenas da Índia, China e Estados Unidos.   

O parque fabril da Incofibras, empresa do Grupo Rovitex, construído em Campo Verde, deve entrar 100% em funcionamento ainda no segundo semestre deste ano e a meta é atingir 3 mil toneladas/mês de produção, em conjunto com o parque de Santa Catarina. “Foram investidos R$ 150 milhões, em 20 mil metros quadrados de área construída. Foram 220 contratações diretas e investimentos em tecnologia de ponta, com maquinário europeu”, frisa o CEO da Incofios, Vitor Luiz Rambo Junior.

Apesar de o produto feito em algodão ter um valor agregado maior, a procura tem aumentado, pois o consumo consciente está cada vez mais presente entre a população.

Para a saúde do corpo, as roupas de algodão absorvem suor, mantendo, assim, um maior conforto térmico e possuem também baixa tendência a reações alérgicas e garantem toque macio à pele.  Já a planta do algodão é utilizada em sua totalidade, desde as fibras mais acessíveis, às fibrilas em volta do caroço para a fabricação de fibras artificiais, passando pelo uso de seu óleo em cosméticos e sua semente na alimentação de animais. Além disso, toda peça 100% algodão, se devidamente destinada para reciclagem, pode voltar como matéria-prima para a fabricação de novas.

E a versatilidade em seu uso é apenas um dos diferenciais dessa fibra têxtil. O Brasil é o maior fornecedor de algodão sustentável do mundo. Essa sustentabilidade da cotonicultura é atestada pelo programa Algodão Brasileiro Responsável (ABR) desde 2013. Atualmente, 81% da produção nacional de algodão é certificada por altos padrões sociais, ambientais e em boas práticas agrícolas, exigidos pelo protocolo do programa ABR.

Também vale ressaltar que mais de 90% das plantações de algodão dependem apenas da água da chuva para se desenvolver. O Brasil é campeão em produtividade quando o assunto é o algodão sem irrigação.

As escolhas sustentáveis estão mais presentes entre as novas gerações de consumidores, que visam um futuro melhor e exigem mais transparência de empresas e marcas a respeito do impacto ambiental de seus serviços.

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