Com a chegada da pandemia os preços dos alimentos dispararam em todo o Brasil. Em 12 meses desde o início do Coronavírus, o preço dos alimentos subiu 15% no país, quase três vezes a taxa oficial de inflação do período, que ficou em 5,20%, conforme dados divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística – IBGE divulgados na quinta-feira (10).
Foi a primeira divulgação do Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo – IPCA, compreendendo 12 meses sob influência da pandemia, decretada pela Organização Mundial de Saúde – OMS, no dia 11 de março de 2020.
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Com forte pressão dos reajustes da gasolina, o índice voltou a acelerar em fevereiro, fechando o mês em 0,86%, ante 0,25% no mês anterior. Segundo o IBGE, foi a maior alta para fevereiro desde 2016.
Desde o início do ano a Petrobrás ainda reajustou por mais de seis vezes o valor dos combustíveis, que, no acumulado somente de 2021, chegou a quase R$ 1,00 de aumento, elevando ainda mais os custos.
Diante de todo esse cenário, uma alternativa que se apresenta extremamente viável economicamente e ainda saudável, é realizar as compras nas feiras. Em Campo Verde, as feiras estão funcionando normalmente e depois de várias reuniões entre o Comitê de Enfrentamento a Covid-19 e os feirantes, chegaram a um modelo de protocolo de segurança, para que a atividade não precise ser paralisada no município.
Segundo a vice-presidente da Associação dos Feirantes de Campo Verde - Afecampo, Ivonete Stercio, “os protocolos adotados estão sendo cumpridos à risca pelos feirantes, com uso de máscara, álcool em gel em vários pontos de fácil acesso nas feiras e ainda, quando necessário, o controle de pessoas. A população pode vir a feira que será bem recebida como sempre, mas com todo cuidado que o momento merece”.
MENOR CUSTO DE PRODUÇÃO
Por contar com quase 80% dos produtos exclusivamente da produção da agricultura familiar local, as feiras dispensam boa parte desses custos que é encontrado nos mercados, por exemplo. O transporte é curto, os produtos são frescos, os impostos são menores, pois não passam por atravessadores, no final, o preço da feira se torna mais atrativo neste momento.
Nas feiras locais além de frutas, verduras, produtos artesanais, também é comercializado as proteínas animais, com preços mais competitivos.
A oportunidade é boa tanto para os consumidores quanto para os feirantes, que também estão passando por maus momentos desde que a pandemia se iniciou e dos fechamentos e liberações devido às questões de saúde. “Hoje as pessoas estão começando a voltar para as feiras, porém passamos maus bocados, ainda assim, não é nem de perto o público que recebíamos antes da pandemia”, lembrou Ivonete.
“É uma excelente oportunidade para todos nós, eu queria aproveitar a atenção de vocês para convidar a população, venham para as feiras, conheçam nossos produtos, tenho certeza que não vão se arrepender”, convocou a vice-presidente da associação.
Em Campo Verde as feiras de rua funcionam as terças, quintas e sextas-feiras e também aos domingos. No sábado ela é realizada logo pela manhã no pavilhão da feira na Av. Ulisses Guimarães, a maioria dos feirantes levam seus produtos para todas as feiras da cidade.