A colheita de soja está acelerada em Campo Verde, estima-se que até a última quinta-feira (27), mais de 30% da oleaginosa tenho sido colhida no município. A pressa tem um motivo especifico na cidade. O motivo é que muitos agricultores de Campo Verde, plantam algodão na safrinha e a cultura não pode esperar, pois o risco de se plantar a pluma tardiamente pode representar prejuízos.
Um dos agricultores que está neste ritmo intenso é Itor Cheirubini, enquanto a colheitadeira passa retirando a soja, logo em seguida vem o trator gradear, e a semeadeira com o algodão vem na sequência, numa escala frenética de trabalho, tudo isso para garantir melhores resultados no plantio da pluma que está batendo recorde de valorização neste início de ano.
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“Quem planta algodão tem que estar preparado para essa loucura, a perspectiva é para que não tenhamos problemas como no ano passado, quando plantamos tarde demais e tivemos problemas. A soja nesta área da Fazenda São Francisco, tivemos uma perca de cerca de 5 sacas por hectare, devido a um período de estiagem que enfrentamos, para o algodão temos que torcer para o clima ajudar, mas plantando na época correta os riscos são menores”, ressaltou Itor.
No restante do estado, o ritmo é mais lento, até porque, quem planta milho safrinha não precisa ter pressa agora.
A colheita da safra de soja 2021/22 do Mato Grosso atingiu 13,3%, conforme o Instituto Mato-grossense de Economia Agropecuária (Imea), com número obtido até 21 de janeiro. Na semana anterior, o índice era de 4,16%. No mesmo período do ano passado, o índice era de 2,23%.
Segundo levantamento feito pela Safras & Mercado. Mato Grosso é o estado que está mais acelerado na colheita com 13% da área trabalhada, seguido do Paraná, com 8%.
EXPORTAÇÃO
O Brasil caminha para produzir um recorde de mais de 140 milhões de toneladas na safra 2021/2022, o que impulsiona a exportação, que foi estimada pela Associação Nacional dos Exportadores de Cereais (Anec), com base em dados da programação de navios nos portos, em 3,375 milhões de toneladas em janeiro.
A estimativa representa um salto na comparação com as 53,6 mil toneladas de janeiro do ano passado, quando o Brasil estava com estoques baixos e enfrentava um atraso no início da colheita.
Contando com maior oferta da safra passada e uma colheita antecipada na temporada atual, os embarques de soja em janeiro também podem superar o volume de 2,5 milhões de toneladas de dezembro, conforme dados da Anec.
O diretor-geral da Anec, Sérgio Mendes, lembrou que os estoques de soja, após a safra recorde de 2021, permitiram que o Brasil mantivesse bons volumes de exportação ao final do ano passado, o que deve prosseguir nos primeiros meses de 2022.
“Acredito que em janeiro e fevereiro ainda tenha bons volumes de exportação de soja”, destacou ele à Reuters, salientando a importância dos volumes da safra velha para isso.
E por falar em exportação, Campo Verde fechou o ano de 2021, na 11º posição no ranking dos municípios do estado que mais exportaram. A cidade fechou o ano com um superávit de U$ 609,20 milhões em exportações. No ranking nacional a cidade ficou na 88ª posição. O produto mais exportado foi a soja, totalizando 50% do volume.
Já Primavera do Leste, ficou na 3ª posição entre os municípios que mais exportaram no ano. Alcançando o superávit de U$ 1.167,47 milhões, o número é 20% maior que em 2020. Com isso a cidade ficou entre os cinquenta primeiros do Brasil em exportações. A soja também foi o principal produto exportado, com 50%.