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NOTÍCIAS DE CAMPO VERDE Quarta-feira, 29 de Junho de 2016, 19:02 - A | A

Quarta-feira, 29 de Junho de 2016, 19h:02 - A | A

ANTIOFÍDICO

Cidade com maior índice de picadas de cobra no sul do Estado está sem soro

Paulo Pietro

Uma situação preocupante no setor da saúde pública está acontecendo em todo o país. As unidades de saúde estão ficando sem soro antiofídico, nos meses de junho e julho e a população não tem para onde recorrer. Em Campo Verde a situação é ainda pior o município tem alto índice de ocorrências na região sul do Estado. Sem o soro os pacientes que necessitarem deste tratamento, terão que recorrer a Cuiabá e como na capital o estoque está acabando podem ficar sem esse recurso. 

A secretária de Saúde de Campo Verde Sandra Badoco nos explicou que desde o começo do ano o Governo Federal vem diminuindo a quantidade de soro, eles mandam para os Estados que enviam para suas regionais, o escritório regional de Campo Verde é Rondonópolis, que além do município atente a outros 18. “Esse soro que iria para Rondonópolis não está indo mais, o Estado segurou o resto que tinha. Em junho não veio nada e em julho parece que não vai vir também. Sei que até semana retrasada eles tinham uma quantidade de doses, mas como usa bastante em Mato Grosso a qualquer momento vai acabar”, disse Sandra, que completou que “a maior dificuldade é que não há como comprar esse soro, nem o município, Estado ou o paciente, se ele foi picado e quer comprar ele não vai encontrar.” 

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Os soros são fornecidos ao Ministério da Saúde pelos laboratórios produtores oficiais brasileiros como o Instituto Butantã, Instituto Vital Brazil (IVB), Fundação Ezequiel Dias (Funed) e Centro de Produção e Pesquisa de Imunobiológicos (CPPI).

De acordo com o MS desde 2013 a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) exigiu dos laboratórios o cumprimento das normas definidas por meio das Boas Práticas de Fabricação (BPF), o que levou à necessidade de adequações e reformas nos parques industriais e, consequentemente, interrupção na produção dos soros.

Entre as justificativas apresentadas pelos laboratórios para a constante reprogramação dos cronogramas de entrega estão a assinatura do contrato em 2016, greve de funcionários, furto de animais, problemas no abastecimento de matérias-primas e na produção. 

Em nota o MS informou que acompanha rotineiramente os cronogramas de entregas dos soros e que está em contato com os laboratórios na tentativa de antecipação das futuras entregas.

Essa denúncia sobre a precariedade do soro no Estado havia sido publicada pelo O Diário no início do ano.  

Diante da situação a Prefeitura impetrou uma ação no Ministério Público para que alguma coisa fosse feita, já que o município conta com muitos casos. Acredita-se que o fator de clima, relevo e flora propiciem a aparição de cobras sobretudo nas regiões rurais. 

Somente este ano foram 45 casos registrados, agora sem soro a situação é muito preocupante por esse motivo os cuidados para evitar o contato com animais peçonhentos são imprescindíveis. 

 

CUIDADOS PARA NÃO SER VÍTIMA DE PICADAS DE ANIMAIS PEÇONHENTOS 

 

Em locais propícios à presença de animais peçonhentos devem-se utilizar equipamentos de proteção individual (EPI), como luvas de couro e botas de cano alto ou com perneiras. Não colocar as mãos em tocas ou buracos na terra, ocos de árvores, cupinzeiros, entre espaços situados em montes de lenha ou entre pedras. Adotar medidas preventivas quando realizar atividades de limpeza, deslocamento de móveis e outros objetos, pois serpentes, escorpiões e aranhas podem estar nas frestas, superfícies ou cantos. Examinar calçados e roupas pessoais, de cama e banho, antes de usá-las.

Nos sítios e chácaras manter uma área limpa em volta da casa, sem mato e, quando for aos pomares, seguir as orientações dos hábitos desses animais, pois a maioria deles gosta de ficar em cascas de árvores, escondidos entre as folhas do solo, debaixo de pedras, em locais úmidos e escuros.

Os animais peçonhentos injetam veneno pelo ferrão, dente, aguilhão e cerda urticante. Ao encontrar algum animal peçonhento em qualquer situação, afaste-se com cuidado, evite assustá-lo ou tocá-lo, mesmo que pareçam mortos.

Na ocorrência de acidente, mantenha a vítima calma, evitando movimentos desnecessários, e com o membro acometido mais elevado em relação ao restante do corpo, caso seja possível. A vítima deve ser levada o serviço de saúde do SUS com urgência. Se possível, e caso não apresente risco de um novo acidente, o animal agressor deve ser levado com a vítima. A identificação do animal responsável pelo acidente facilita o diagnóstico e tratamento.

 

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