Quem transitou pelas ruas de Campo Verde durante esta segunda (05) pôde ver as marcas e os estragos causados pelas fortes chuvas que caíram no município durante o final de semana. O asfalto em alguns pontos da cidade ficou coberto por terra e pedras e vários outdoors e muros não resistiram à força dos ventos trazidos juntamente com as tempestades, uma no sábado (3) e outra no domingo (4), respectivamente no início da tarde.
Em alguns bairros, como no Jardim Vale do Sol, moradores passaram o final de semana retirando terra e lama de suas casas. As águas causaram pequenos estragos e muitos passaram o final da tarde de domingo e a manhã desta segunda (5) calculando os prejuízos causados pelas enxurradas. É o caso de Thestoeffes Ferreira de 78 anos, morador do bairro Bom Clima, que teve sua chácara invadida pelas águas vindas da parte alta do bairro e do bairro São Lourenço. Devido ao acúmulo de água, o desnível e a ausência de um dreno para escoamento, o muro que fica nos fundos da propriedade funcionou como “barragem” até o momento em que a água derrubou a construção. “Foi tudo muito rápido. Até tentei conter a água na parte alta da chácara, mas a enxurrada estava forte demais”, afirmou Ferreira.
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Uma das construções mais afetadas pela força das chuvas e vendavais deste final de semana foi a Escola Municipal Monteiro Lobato, no Bairro Jupiara. que atende 530 alunos, em sua grande maioria da zona rural de Campo Verde e durante a ventania de sábado (3) teve todas as telhas de plástico dos toldos de porta das salas de aula arrancados pelo vento. De acordo com o diretor, Lucas Andrei Bueno, um grupo de educadores participava de um curso na unidade educacional presenciaram o momento. “Ao perceberem que a ventania estava muito forte, estas pessoas se abrigaram em um dos banheiros, que também teve parte do telhado arrancado pelo vento”, ressaltou Andrei, que disse ter recebido a informação minutos após a avaria.
Além dos toldos e o banheiro, telhas de amianto do refeitório da escola foram também arrancadas no mesmo dia. Já no domingo (4), as intensidades das águas somadas a uma forte chuva de granizo e o destelhamento do refeitório fizeram com que o forro e a estrutura metálica que sustenta o local fosse comprometida, um prejuízo calculado em torno de 45 mil reais segundo a direção, que destacou que a Escola Monteiro Lobato permanecerá sem aulas até a reconstrução.
Prazo para retorno às aulas se estenderá até a próxima semana.
De acordo com Andréia Castilho Schroeter, secretária de educação da cidade de Campo Verde, uma equipe da prefeitura foi enviada até a escola para fazer a coleta o entulho gerado pelas chuvas. A secretária ressaltou ainda que profissionais de uma construtora também foram enviados para fazer o orçamento da reconstrução, visto que os toldos e parte do telhado do refeitório tiveram perda total .
“A previsão de volta às aulas está marcada para o dia 14/10 (Quarta) e caso haja um adiantamento deste prazo a população será informada pelos meios de comunicação”, finalizou Castilho.