A nova emergência global em saúde pública, conhecida como monkeypox (varíola dos macacos) vem se espalhando rapidamente pelo mundo e também pelo Brasil, como Campo Verde faz parte deste contexto a cidade já apresentou recentemente dois casos suspeitos.
As informações foram repassadas ao O Diário através da Secretaria de Saúde de Campo Verde (SMSCV), mas não geram maiores preocupações, pois ambos os pacientes suspeitos estão em isolamento e devem permanecer por pelo menos 20 dias, mesmo quando os casos são descartados, como o que já foi registrado na semana retrasada.
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O segundo caso suspeito da doença surgiu na última semana, as lesões do paciente, segundo o que foi informado pela Vigilância Epidemiológica da SMSCV, são compatíveis com a doença, porém o caso ainda não foi confirmado. Em Mato Grosso somente o LACEM (Laboratório Central do Estado) faz o exame de confirmação ou não da doença e isso leva um tempo, o que justifica as precauções com o isolamento dos casos suspeitos.
“Devido ao código de ética, os pacientes suspeitos não podem ser expostos, até mesmo para não gerar algum tipo de preconceito, já vimos isso antes no início da Covid-19 e infelizmente algumas pessoas não agem como deveriam, por esse motivo estamos tomando todo o cuidado do mundo para não expor essas pessoas”, disse a gerente da Vigilância em Saúde de Campo Verde, a enfermeira Cristiane Simões.
Mas algumas informações foram repassadas, ambos os casos suspeitos em Campo Verde os pacientes são do sexo masculino, não saíram recentemente da cidade para viagens longas e não são da mesma família, e sequer moram em bairros próximos. Ambos os pacientes passam bem.
As principais medidas que estão sendo tomadas na cidade, são as mesmas que são adotadas nos protocolos da OMS (Organização Mundial da Saúde), que são basicamente o isolamento dos casos suspeitos.
Os primeiros casos de varíola dos macacos foram registrados em maio deste ano, no Reino Unido. A doença, considerada zoonótica (passada entre animais e humanos), é transmitida por contato físico intenso e tem crescido. No entanto, vale ressaltar que a doença não se trata de uma IST, nem deve ser associada à orientação sexual, já que qualquer pessoa é suscetível ao vírus.
Diferente da Covid-19, a monkeypox não é tão facilmente transmitida e até agora não tem apresentado uma taxa de letalidade relevante. A Organização Mundial da Saúde (OMS) informou, na última quinta-feira (25), que mais de 41 mil casos e 12 mortes por varíola dos macacos foram relatados em 96 países. A maioria dos casos se concentra nos Estados Unidos.
O número de casos registrados globalmente diminuiu 21% na semana encerrada em 21 de agosto, após uma tendência de um mês de aumento de infecções, de acordo com o último relatório epidemiológico da OMS.
Ainda assim, mais de uma dúzia de países viram um aumento no número de casos semanais, com o maior crescimento relatado nos Estados Unidos. Mais de 34% da atual contagem global de casos está no país norte-americano.
A OMS disse que as infecções na região das Américas mostraram “um aumento contínuo e acentuado” na semana anterior.
50 mil doses de imunizantes contra varíola dos macacos serão disponibilizadas para profissionais de saúde
A compra de 50 mil doses de vacinas para profissionais de saúde em contato direto com materiais contaminados foi anunciada pelo ministro da Saúde, Marcelo Queiroga. O objetivo principal da campanha é orientar a população sobre como evitar a doença e o que fazer em caso de contágio.
O ministro esclareceu que as vacinas serão adquiridas a partir do fundo rotatório da Organização Pan-Americana de Saúde (OPAS). “Essas 50 mil doses não têm o poder de controlar o surto. As vacinas servem para proteger os profissionais de saúde que lidam diretamente com materiais contaminados”, explicou.
As vacinas endereçadas ao Brasil fazem parte de um total de 100 mil doses destinadas para a América Latina. A entrega está prevista para o início de setembro.