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NOTÍCIAS DE CAMPO VERDE Terça-feira, 21 de Junho de 2022, 06:30 - A | A

Terça-feira, 21 de Junho de 2022, 06h:30 - A | A

GOLPE

Casos de estelionato crescem muito em Campo Verde e PJC faz alerta

Nos últimos dias, a média de registros de boletins sobre estes crimes aumentou exponencialmente

Da Redação

Com uma média de registros de 10 casos por dia, os crimes de estelionato têm crescido consideravelmente em Campo Verde. Preocupado com esse crescimento, o delegado Philipe Pinho, convocou a imprensa para tentar alertar a população sobre a prevenção, que ainda é o melhor nestes casos, onde é difícil recuperar valores em espécie.

Nos últimos dias a média de registros de boletins sobre estes crimes aumentou exponencialmente. Os golpes são variados, mas sempre contam com uma isca que atrai as vítimas, alguma proposta vantajosa financeiramente, um interesse inesperado, um apelo emocional, uma oferta imperdível, entre outras situações que acabam levando a vítima para o golpe.

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Philipe Pinho - delegado

 

Segundo o delegado Philipe Pinho, os casos mais frequentes registrados na cidade são os do falso intermediador de venda, clone e venda de móveis e eletrodomésticos nas redes sociais e clonagem de Whatsapp, para depois aplicar o golpe do sequestro, falso parente com carro quebrado, entre outros.

“O golpe é um pouco complexo, mas consiste, basicamente, no criminoso buscar em um site de vendas de veículos um que lhe chama atenção. Então, ele começa a conversar com o proprietário desse veículo e o proprietário, sem perceber, se torna a primeira vítima. O golpista começa a perguntar detalhes do veículo e, então, faz um anúncio num site de vendas como se fosse o próprio proprietário. Ou mesmo convence o proprietário que vai vender o veículo para ele mediante a uma comissão que ele vai conseguir independente do valor em que o vendedor esteja pedindo. Para o comprador, ele diz geralmente que é um parente da vítima e estaria fazendo isso sem ganhar nada, as vezes oferece o veículo até com um valor abaixo dos anúncios, diz que esse desconto seria para ele, mas ele não poderia falar isso com o vendedor, inventa vários motivos para isso”, explica o delegado.

Depois que a vítima paga os valores, o intermediador some sem deixar vestígios, bloqueia telefone, deixa as vítimas a ver navios, tanto o vendedor quanto o comprador ficam em situação complicada, pois quando a vítima enfim entra em contato com o vendedor original, descobre que foi tudo um golpe.

Esse é o que mais preocupa, além de ser o mais frequente, geralmente os valores envolvidos não são pequenos, por isso a atenção ao fazer negócios sobretudo pela internet tem que ser redobrada.

Outro golpe bem comum e frequente, que ainda faz vítimas é o do parente com o carro quebrado. Independentemente de quem atende o telefone, o golpista logo fala: “oi tio (a), ou oi primo, sabe quem está falando?”

Caso a vítima diga um nome, achando ser algum sobrinho ou outro parente distante, já deu ao golpista o que ele queria.

Muitas vezes a vítima fala que não se recorda e então o golpista usa do artifício “nossa, não lembra mais de mim!”, dialogando com a vítima até que seja possível extrair dela um nome de um parente que mora distante.

Com isso, ele forja uma história de que estaria viajando ou chegando próximo à cidade onde a vítima reside, e relata que sofreu algum acidente ou que o carro quebrou. Então o criminoso solicita que a vítima faça uma transferência em dinheiro para determinada conta bancária do mecânico, do guincho ou da borracharia onde o veículo está sendo consertado. Ele promete devolver o dinheiro no dia seguinte quando chegar à cidade da vítima.

A mesma situação ocorre no golpe da clonagem do Whatsapp, quando a vítima acaba ludibriada por alguma vantagem, ao clicar em um link que na verdade é a liberação para mudança do aplicativo de mensagens, depois não conseguem mais ter acesso, os criminosos aproveitam para pedir dinheiro para familiares e amigos, geralmente quando a vítima se dá conta já é tarde.

Por isso o delegado procurou a imprensa para alertar a população, que todo cuidado é pouco, “é melhor pecar pelo zelo do que chorar pela imprudência, a PJC vem fazendo a parte dela investigando, prendendo pessoas e quadrilhas envolvidas nestes crimes, mas é preciso que a população evite cair no golpe, para não fomentar essa rede. Sempre é bom desconfiar, não existe oferta milagrosa, entidades oficiais não entram em contato por aplicativo de mensagens, parentes não vem a sua casa sem avisar antes, então desconfie sempre”, finalizou o delegado.  

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