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NOTÍCIAS DE CAMPO VERDE Terça-feira, 23 de Agosto de 2022, 07:30 - A | A

Terça-feira, 23 de Agosto de 2022, 07h:30 - A | A

MONKEYPOX

Caso suspeito de varíola dos macacos em Campo Verde é descartado

Paciente estava em isolamento e aguardava resultado de exames

Jaqueline Hatamoto

A Secretaria de Estado de Saúde de Mato Grosso, descartou na segunda-feira (22), um caso suspeito de varíola dos macacos em Campo Verde. A Secretaria Municipal de Saúde, confirmou na semana passada que havia um caso suspeito na cidade, mas não divulgou nem a idade e nem o sexo da pessoa que buscou o atendimento, apenas que o paciente seguia isolado e em monitoramento por um médico da Secretaria de Saúde. Em todo estado até segunda-feira (22), eram 16 casos suspeitos, 20 confirmados e 11 descartados.
Segundo informações da SMS – Campo Verde, a pessoa apresentou lesões ainda em junho, e não teria saído da cidade. “De acordo com as informações, as lesões surgiram em junho, o que pode descartar que seja realmente a varíola do macaco. A notificação foi feita seguindo os protocolos”, diz parte da informação repassada pela Assessoria de Imprensa na sexta-feira (19).
Os exames foram colhidos e encaminhados para o Laboratório Central – Lacen. O resultado foi divulgado em boletim da SES-MT. “O material coletado é encaminhado ao Lacen, que encaminha para outros laboratórios. Apenas dois no Brasil estão fazendo o exame da Varíola do Macaco. Mas, reforçando, paciente está isolado, sendo monitorado e recebendo tratamento”.
A SMS esclareceu que não divulga idade e sexo da pessoa em monitoramento devido as questões éticas.
No estado de Mato Grosso, seis municípios possuem casos positivos para o vírus monkeypox. Segundo o boletim, Rondonópolis teve o primeiro caso confirmado. Além de Rondonópolis, Cuiabá possui 11 casos de varíola dos macacos. Em Várzea Grande já foram confirmados quatro casos, Sorriso um caso, um em Nova Xavantina e dois em Tangará da Serra.
A varíola dos macacos é transmitida pelo vírus monkeypox, que pertence ao gênero orthopoxvirus. É considerada uma zoonose viral, ou seja, o vírus é transmitido aos seres humanos a partir de animais. Os sintomas são semelhantes aos da varíola chamada smallpox, erradicada em 1980. Mesmo os sintomas sendo parecidos, eles são considerados clinicamente menos graves.
A transmissão da doença ocorre por contato próximo com lesões, fluidos corporais, gotículas respiratórias e contato com objetos, roupas e superfícies que tenham sido utilizadas pelo infectado.
A taxa de letalidade da varíola dos macacos variou historicamente de 0 a 11% na população em geral e tem sido maior entre crianças pequenas. Nos últimos tempos, a taxa de letalidade tem sido de cerca de 3% a 6%.

SINTOMAS
Os sintomas da varíola símia são:
• Bolhas na pele;
• Dor de cabeça;
• Febre acima de 38,5°C;
• Linfonodos inchados;
• Dores musculares;
• Dor no corpo;
• Dor nas costas;
• Fraqueza profunda.

Anvisa libera importação de vacina e medicamentos que não estão registrados no Brasil
A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) liberou nesta sexta-feira (19) a importação de medicamentos e vacinas contra a monkeypox (varíola dos macacos) sem registro no Brasil. A medida foi aprovada em caráter excepcional e temporário.
A medida não dispensa de fato o registro, mas estabelece uma forma de autorizar produtos para monkeypox de forma mais rápida no país.
Os diretores da agência foram unânimes no voto a favor da dispensa de registro para importação.
No começo de agosto, Marcelo Queiroga afirmou que o Brasil iria receber o antiviral tecovirimat para combater o surto no país. Uma pesquisa publicada na revista científica “The Lancet Infectious Diseases” apontou que o antiviral se mostrou promissor em reduzir a duração dos sintomas e o tempo em que pacientes com a varíola dos macacos são capazes de infectar outras pessoas.
Em seu voto, a diretora da agência Meiruze Souza Freitas, relatora do processo, afirmou que o Ministério da Saúde deverá adotar ações para garantir a segurança do paciente e do uso tanto da vacina como dos medicamentos.
Segundo a Anvisa, também caberá ao Ministério estabelecer os grupos vulneráveis e prioritários para uso do medicamento ou vacina bem como promover o monitoramento dos medicamentos ou vacinas importadas e gerenciar as orientações para notificações de eventos adversos e queixas técnicas e as orientações aos serviços de saúde.
Meiruze afirmou ainda que a Anvisa pode suspender a dispensa de registro desses produtos caso seja identificado que não há uma segurança no seu uso.
“A dispensa de registro é um procedimento regulatório, não é deixar de regular, nem deixar de atuar”, acrescentou o diretor-presidente da Anvisa, Antonio Barra Torres.
A medida da Anvisa passa a valer a partir da publicação da resolução no Diário Oficial da União.

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