Campo Verde vem contabilizando números elevados de casos de dengue em 2021, o município consta na lista de cidades de Mato Grosso com risco alto para casos da doença. Em 2021 já foram noticiados 405 casos de dengue, sendo 175 confirmados. De acordo com a Vigilância Epidemiológica, focos do mosquito Aedes Aegypti têm sido encontrados em residências ou em lixo descartado de forma irregular pela população.
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Segundo o coordenador da Vigilância Ambiental de Campo Verde, Kaio Cesar, somente em 2021 foram registradas 405 notificações da doença, destes, 175 foram confirmados e o restante descartado. Segundo o boletim da Secretaria Estadual de Saúde - SES, divulgado no mês passado, o número de casos confirmados, levando em consideração casos de dengue, zika e Chikungunya, a cidade de Campo Verde tem 378 casos confirmados, o que coloca a cidade entre os 34 municípios do estado com alerta de risco Alto de contaminação por dengue.
O coordenador ressalta que os principais focos do mosquito transmissor da doença, estão presentes em lixo doméstico. “Onde os agentes mais encontram focos são nas residências, lixo doméstico, pneus no fundo do quintal, lonas que são dobradas e acabam acumulando água, tambores com água das chuvas sem a devida cobertura e também a questão das fossas sépticas, por que as pessoas não tampam a fossa com o suspiro correto, deixam abertas e como existe a decantação do material acaba sobrando água limpa para que os mosquitos botem seus ovos, esses atualmente são os principais focos nas residências”.
Quanto a questão de ferros velhos, borracharias, segundo o que nos explicou Kaio, esses locais são alvos constantes da fiscalização da Vigilância, eles eliminam os focos e passam veneno. Nos terrenos baldios, que constantemente são alvos da reclamação de moradores, o coordenador pontuou que, nestes locais a incidência de focos do mosquito da dengue é pequena. “Apesar de existir alguns locais onde encontramos focos, é uma incidência mínima, principalmente se comparado as residências, mas quando encontramos os focos em terrenos baldios, são causados geralmente pelos próprios moradores que descartam lixo, entulho nos locais inadequados, por isso pedimos constantemente a conscientização da população para o problema que é sério”.
Kaio insiste que as pessoas percebam o tamanho do problema gerado pela dengue, “Estamos vivendo um período difícil, passando por uma pandemia severa, acompanhamos casos de pessoas com dengue que acabaram contraindo o Coronavírus e o resultado é ruim, os que escapam da morte sofrem bastante, inclusive com sequelas”.
O coordenador ressaltou que o trabalho da vigilância não parou durante a pandemia, por ser serviço essencial, mas que o número elevado de casos é uma constante nestes períodos de calor intenso e chuvas, ele finalizou lembrando que o combate ao mosquito só depende de cada um fazer sua parte.
Estado
De janeiro a março deste ano, Mato Grosso notificou 7.207 casos de dengue, o que representa uma redução de 70,4%, se comparado ao primeiro trimestre de 2020, quando foram registradas 24.373 ocorrências da doença.
No mesmo período de 2021, foram confirmados quatro óbitos e outros dois seguem em investigação. No ano passado, foram 13 mortes.