Campo Verde tem bairros em risco e alerta
Vigilância consegue diminuir casos de notificação da dengue em comparação a 2016.
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A secretária de vigilância ambiental de Campo Verde, divulgou na última semana os números do primeiro LIRA (Levantamento de Índice rápido do Aedes Aegypti) de 2017. O levantamento foi realizado entre os dias 18 a 20 de janeiro/2017, indicou que que o município possui 32 bairros e que existem 04 bairros em situação de risco e 08 bairros em situação de alerta.
Os bairros que estão em risco são: Jupiara, Recanto do Bosque I, Jardim América e Vale Do Sol. Já os que estão em estado de alerta são: São Lourenço, Cidade Alta I, Bom Clima, Belvedere, Centro, Distrito Industrial II, Distrito Industrial III e Jardim Cidade Verde.
Segundo os dados do Ministério da Saúde, os números de infestação de 0 a 0,9 são satisfatórios, de 1 a 3,9 são de alerta e acima de 4% já se torna risco.
Apesar do número não ser dos melhores a chefe da vigilância Carla Vargas esclareceu que “no ano de 2016 no mesmo período Janeiro/Fevereiro foi realizado o LIRA e o mesmo nos mostrou que tínhamos uma média de infestação no Município de 3,5%, e conseguimos diminuir esta média para 1,5 no mesmo período neste ano de 2017.” O que demonstra o trabalho realizado pela vigilância, sobre tudo pelos agentes de endemias, que estão realizando vistorias em toda a cidade de Campo Verde, afim de orientar e até mesmo notificar estabelecimentos e residências que estiverem abrigando criadouros do mosquito, responsável por tantos males a saúde da população.
Carla ainda falou sobre o trabalho realizado pelos agentes e pela sociedade civil organizada “nota-se a grande queda no número de casos, graças ao trabalho desenvolvido pelos Agentes de Combate a Endemias em parceria com o Poder Público e a parceria com a Polícia Militar, Igrejas, Escolas, Clubes Sociais.”
Nos casos dos bairros com índices elevados de risco a coordenadora alertou “orientamos que nestes bairros a população fique atenta aos criadouros; 80% dos focos são encontrados em lixos nas residências, calhas, piscinas em desuso sem manutenção, geladeiras Fros-free, ar condicionado, pneus a céu aberto, água servida nas ruas, enfim tudo aquilo que possivelmente possa acumular água.”
Atualmente um dos maiores problemas enfrentados no combate ao mosquito é justamente na servida que está indo parar nas ruas, é necessário que a população tome consciência de é um problema latente. Inclusive as pessoas que tem disposição à rede de esgoto e não realizou a ligação, podem estar recorrendo em crime ambiental e podem ser notificadas pela vigilância ambiental do município.
Mesmo com as dificuldades o número de casos notificados em janeiro de 2017 é bem menor do que no mesmo mês no ano passado. Em janeiro de 2016 foram 76 casos notificados e em 2017 foram apenas 16.
Quanto aos animais peçonhentos
Os moradores sobretudo do Bairro Recanto dos Passaros, continuam tendo problemas com uma infestação de escorpiões, a vigilância sanitária está monitorando o caso, inclusive enviou algumas amostras de escorpiões capturados no bairro para o Centro de Etimologia da Secretária Estadual de Saúde, eles realizaram as análises e detectaram que a espécie encontrada no Bairro, tem potencial para causar inclusive a morte. Isso não quer dizer que as pessoas que forem picadas irão morrer, mas em casos mais graves pode até levar a morte, por isso a população deve ficar muito atenta.
Acredita-se que o bairro que tem proximidade com uma mata, tenha invadido algum ninho do aracnídeo que se alimenta basicamente de grilos e baratas, um inseto muito comum na área urbana, por esse motivo eles invadem as casas em busca do alimento.
“Não existe um inseticida especifico para os escorpiões e ainda se corre o risco de ao mexer no ninho dos escorpiões, eles migrarem ainda com mais força para área urbana. Por esse motivo estamos tentando tratar a causas do aparecimento desses aracnídeos, realizando o combate às baratas com inseticidas específicos, já que são os alimentos dos escorpiões,” esclareceu Carla Vargas.