No início da semana passada (segunda-feira, 20), o Governo de Mato Grosso e a empresa Rumo S/A assinaram contrato para construção da 1º Ferrovia Estadual do país. A iniciativa é pioneira, pois além de ser estadual, a ferrovia também será a primeira a ser construída por regime de autorização, com todo investimento feito pelo setor privado, cabendo ao Estado o papel de fiscalização.
O município de Campo Verde tem lugar de protagonismo nesse processo. A Ferrovia Estadual terá dois braços atravessando a cidade, que também está na disputa para receber um terminal ferroviário. O prefeito Alexandre Lopes acompanhou a assinatura em Cuiabá, e durante a semana falou com a imprensa local sobre essa disputa pelo terminal com outros municípios.
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“É importante que a população saiba que teremos os dois braços da ferrovia passando por Campo Verde, tanto o braço que vai para Lucas do Rio Verde, quanto o braço que vai para Cuiabá. Por isso Campo Verde é protagonista neste momento que o Estado está vivendo”, afirmou o prefeito.
Apesar de reconhecer a disputa pela instalação do terminal, o prefeito reafirmou que o município está no páreo. “Essa é uma segunda questão, mas sim, estamos brigando até por que temos todas as condições de abrigar esse terminal. Vamos usar as armas que temos a disposição para mostrar as vantagens e tentar vencer essa disputa”.
Segundo o presidente da Rumo, João Alberto de Fernandes Abreu, a previsão é que todo o empreendimento demandará cerca de R$ 11 bilhões e que as obras comecem em 2022, com a primeira etapa da obra concluída em 2025. Estão previstos 730 km de trilhos, que irão se conectar à malha ferroviária nacional, em direção ao Porto de Santos, facilitando o escoamento da produção de todo o médio-norte mato-grossense.
Além de auxiliar no escoamento de grãos e fortalecer a logística do agronegócio em Mato Grosso, a construção da 1ª Ferrovia Estadual será responsável pela geração de mais de 230 mil empregos diretos e indiretos.
A previsão é de que o início das obras de construção da ferrovia ocorra em 2022. O trecho entre Rondonópolis e Cuiabá tem previsão de conclusão de obras e o respectivo funcionamento no ano de 2025; enquanto a operação no trecho Cuiabá a Lucas do Rio Verde deverá começar em 2028. Uma vez implantada a ferrovia, a Rumo S/A fica autorizada a explorar a ferrovia pelo prazo de 45 anos, sendo que a infraestrutura ferroviária poderá ser compartilhada com outras empresas de transporte ferroviário que venha a prestar serviços no Estado.
Conforme estudos da Rumo, 26 municípios serão impactos positivamente com os trilhos da ferrovia. Entre eles Sinop, Vera, Nova Ubiratã, Sorriso, Santa Rita do Trivelato, Paranatinga, Diamantino, Nobres, Rosário Oeste, Chapada dos Guimarães, Várzea Grande, Santo Antônio do Leverger, Jaciara, São Pedro da Cipa, Juscimeira, Pedra Preta, São José do Povo, Poxoréu, Primavera do Leste, Campo Verde, Planalto da Serra, Nova Brasilândia, Cuiabá, Lucas do Rio Verde, Nova Mutum e Rondonópolis.