Campo Verde faz parte de um seleto grupo de municípios no Estado de Mato Grosso que conta com uma coleta seletiva e com aterro sanitário em funcionamento, segundo os dados obtidos apenas 5% dos municípios do estado tem projetos neste sentido, sendo que a cidade é uma pioneira na coleta seletiva, iniciando os trabalhos em meados de 2010.
A cidade conta com aterro sanitário desde o segundo semestre de 2018, lá são depositados diariamente entre 30 e 40 toneladas de lixo, mas apenas 3% desse total é reciclado, número que é considerado bom, mas poderia ser melhor.
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Para fazer a separação do material reciclável do lixo orgânico, a Cooperativa de Trabalho e Manejo de Recicláveis (Cootramar), responsável também pela coleta seletiva, ampliou em mais doze membros seu quadro de associados, quando o aterro foi inaugurado. Só na separação do material na esteira foram criados nove postos de trabalho, proporcionando uma renda mensal de R$ 1,3 mil, em média, para cada trabalhador.
A meta, de acordo com o engenheiro agrônomo e biólogo Airton Cervieri, da Secretária de Agricultura e Meio Ambiente, responsável pelo aterro, é chegar a 6% em um ano. Para isso, ele ressalta que é preciso que a população separe melhor o lixo na própria residência. Essa simples medida, de acordo com Servieri, tornará a separação do material no aterro sanitário mais ágil e eficiente.
Coleta seletiva
A coleta seletiva na área urbana de Campo Verde é feita pela Cootramar com apoio da Prefeitura Municipal, que repassa todos os meses R$ 22 mil para o custeio e fornece caminhões com motoristas para que o serviço seja realizado.
Mensalmente são recolhidas pelos caminhões da Cootramar uma média 60 toneladas de material reciclável ou reaproveitável. O material orgânico resultante da separação é recolhido por caminhões da Prefeitura e depositados em valas impermeáveis no aterro sanitário.
Segundo Cervieri, em Campo Verde, 15% das residências fazem a separação do lixo, percentual que, segundo ele, se houvesse maior adesão da população poderia chegar a 30%.
A coleta, informou Cervieri, é feita de segunda a sábado em 6 rotas diferentes, com cada uma delas abrangendo uma região da cidade de acordo com o dia. Dois caminhões cedidos pela Prefeitura à Cootramar são utilizados na realização da coleta. O recolhimento e a separação de material reciclável geram emprego e renda a 34 filiados à Cooperativa.
O que deve ser separado para reciclagem ou reaproveitamento?
Metal: Latas de bebida, latas de alimentos, panelas e talheres sem os cabos; bacias e objetos de zinco, bronze e ferro.
Papel: jornais, revistas, cadernos, folhas, listas telefônicas, caixas de papelão, caixas de leite e outros.
Plástico: Garrafas pet, embalagens de produtos de higiene pessoal, como shampoo e condicionador; sacolas plásticas, utensílios domésticos e brinquedos.
Vidro: Garrafas, potes, frascos de alimentos, embalagens de produtos de higiene pessoal e de limpeza.
Atenção: vidros quebrados devem ser embalados ou em garrafas pets ou embrulhados em papel resistente para evitar risco aos coletores.