07 de Setembro de2024


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NOTÍCIAS DE CAMPO VERDE Sexta-feira, 12 de Janeiro de 2024, 14:00 - A | A

Sexta-feira, 12 de Janeiro de 2024, 14h:00 - A | A

AGRONEGÓCIO

Campo Verde e outros 26 municípios decretam situação de emergência por falta de chuvas

AMM busca firmar estratégias de prevenção e combate aos danos causados

Jaqueline Hatamoto

Mato Grosso inicia o ano de 2024 com 27 cidades em estado de emergência devido à escassez de chuvas e à seca que vem impactando negativamente a produção agrícola e pecuária. Os prazos dos decretos variam entre 90 e 180 dias. Entre as cidades está Campo Verde.

Desde 30 de novembro, de acordo com informações do Jornal Oficial Eletrônico dos Municípios de Mato Grosso, vários municípios em diferentes regiões produtivas do estado têm emitido decretos municipais. Entre as justificativas, a significativa ausência de chuvas durante o período de plantio e desenvolvimento das lavouras no município”, bem como “os prejuízos causados à agricultura familiar, pecuária e agricultura, afetando diretamente a produção e renda dos produtores locais”.

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Com cerca de 235 mil hectares destinados para a soja, o município de Campo Verde também decretou situação de emergência considerando “o relatório detalhado confeccionado pela Secretaria Municipal Integrada de Apoio à Segurança Pública por intermédio do departamento de Coordenadoria de Defesa Civil”. A medida terá validade de 90 dias, podendo ser prorrogada.

Nos primeiros dias de 2024, os municípios de Água Boa, Cocalinho, Comodoro, Confresa, Juara, São José do Rio Claro e Pontal do Araguaia declararam situação de emergência devido ao estresse hídrico.

O município de Sorriso, que inicialmente havia decretado situação de emergência por 120 dias em 21 de dezembro, prorrogou a medida para 180 dias na última semana.

Em Água Boa, segundo o Sindicato Rural, os produtores estimam perdas na produção de soja entre 30% e 40%. Em diversos municípios, o setor produtivo estima perdas nas lavouras devido ao estresse hídrico e à seca, com percentuais variando entre 20% e 50%.

A situação é classificada como preocupante pelo presidente da Associação Mato-grossense dos municípios – AMM e prefeito de Primavera do Leste, Leonardo Bortolin, que classificou como caótico o problema e destacou o interesse da associação em firmar estratégias de prevenção e combate aos danos causados.

“Temos produtores que estão no terceiro replante e produtores que já desistiram dessa safra. Isso trará um prejuízo econômico gigante não só para os Estados, mas principalmente para os municípios, porque o dinheiro do pequeno produtor é principalmente o que mantém a cidade”, afirmou Bortolin, que é prefeito de Primavera do Leste.

Segundo o presidente da AMM, produtores rurais se queixam da incerteza de produtividade que ronda o agronegócio.

Por causa disso, ele disse que pretende elaborar estratégias de prevenção e reparo de danos climáticos quando assumir o comando da instituição, em janeiro.

 “A situação pode ser caótica. Já está crítica para os produtores rurais e quem corre o risco são os municípios. É dinheiro que vai sair da circulação”, afirmou.

 “Temas como esse a diretoria (da AMM) deve levar para a discussão da frente agro e traçar políticas públicas com a Assembleia Legislativa e Governo do Estado. Ainda não temos uma aliança estratégica, mas devemos levar essa ideia e ano que vem apresentarmos”, concluiu.

O estado de Mato Grosso tem sofrido com a influência do El Niño, que é um evento causado pelo aquecimento das águas do Pacífico equatorial, mudando a circulação atmosférica e ajudando a bloquear a circulação de frente frias. Esse contexto fez com que, em novembro, o Estado ultrapassasse a temperatura média em 5°C.

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*Com informações Ascom AMM e Mídia News

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