26 de Dezembro de2024


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NOTÍCIAS DE CAMPO VERDE Terça-feira, 20 de Setembro de 2022, 06:30 - A | A

Terça-feira, 20 de Setembro de 2022, 06h:30 - A | A

SAÚDE

Campo Verde confirma primeiro caso de varíola dos macacos

O paciente teria viajado para uma região onde há casos da doença

Wellington Camuci

Na sexta-feira (16), o primeiro caso de monkeypox, conhecida como varíola dos macacos, foi confirmado em Campo Verde. O paciente, de identidade não divulgada, é o terceiro caso notificado na cidade e está internado no Hospital Municipal Coração de Jesus há 14 dias.

De acordo com a Secretaria de Saúde de Campo Verde, o paciente deu entrada no HMCJ com dores nas lesões, razão pela qual foi coletado material para a realização dos exames que confirmaram a doença. O paciente está em isolamento na unidade sendo monitorado pelos médicos e o estado de saúde é estável.

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Por meio de nota, a secretaria ressaltou que o paciente esteve em São Paulo, região onde foram registrados mais de 1.900 casos, e que todos que tiveram contato com ele também são monitorados. “Antes de apresentar os sintomas o paciente esteve em viagem para o estado de São Paulo. Todos que tiveram contato com ele estão sendo monitorados pela Vigilância Epidemiológica e até o momento nenhum apresentou sintomas relacionados à monkeypox”, diz parte da nota.

Com este caso da doença confirmado em Campo Verde, o estado de Mato Grosso chegou, até sexta-feira (16), a 58 casos registrados da doença, em sua grande maioria, 35, na capital do estado. Em Várzea Grande, região metropolitana, oito casos foram registrados.

Os outros casos foram registrados em Tangará (4), Campo Novo do Parecis (3) e Barra do Garças (2). Além de Campo Verde, Araputanga, Cáceres, Nova Xavantina, Rondonópolis e Sorriso confirmaram um caso cada. Ao todo foram 140 notificações da doença, sendo confirmado 41,43% dos casos.

 

Primavera mantém alerta

O fato de confirmar um caso ainda mais próximo de Primavera do Leste, mantém o estado de alerta na rede de saúde do município. De acordo com a Vigilância Epidemiológica de Primavera, os profissionais de saúde que atuam na linha de frente receberam treinamentos para caso seja necessário atender possíveis casos.

De acordo com a coordenadora da Vigilância Epidemiológica, Mônia Maia, desde o início dos primeiros casos suspeitos, a rede entrou em alerta. “Desde o início dos casos suspeitos em Mato Grosso, Primavera se colocou em alerta. O plano de contingência e o fluxo de atendimento foram elaborados. Os profissionais da rede pública e privada também já receberam as orientações e semanalmente informamos a situação epidemiológica do estado”.

A coordenadora ressalta que a proximidade do município de Campo Verde, todas as estratégias estão sendo mantidas e que, em caso de suspeita, a pessoa deve procurar a unidade de saúde mais próxima. “A equipe vai avaliar se ele apresenta sinais e sintomas e se tem critérios epidemiológicos que o classifiquem como caso suspeito, conforme a definição do MS e da SES”, explicou.

Caso seja confirmado como caso suspeito, Mônia diz que o isolamento será feito de acordo com a avaliação clínica do paciente. “Se sim, este paciente permanece em isolamento domiciliar ou hospitalar (depende da condição clínica do paciente), enquanto os procedimentos de investigação laboratorial e Epidemiológica são seguidos. Além do paciente, são monitorados também os contatos dele quanto ao aparecimento de sintomas e evolução clínica”, finaliza.

 

Transmissão

A principal forma de transmissão da doença é por meio de relação sexual, mas não é a única. Ela ocorre quando uma pessoa entra em contato com o vírus, podendo ser através do contato com animal doente, materiais ou humanos infectados. A transmissão entre humanos pode ocorrer por secreções respiratórias (gotículas), através de lesão na pele (mesmo que não seja visível), por meio de objetos recentemente contaminados e por meio de fluidos corporais e secreções das membranas mucosas (olhos, nariz ou boca).

Pessoas que apresentarem sintomas devem procurar atendimento médico e informar se tiveram contato com animal ou humano doente ou material contaminado ou viagem para o exterior no último mês antes do início dos sintomas. Importante ressaltar que animais sadios não transmitem a doença.

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