Um dos maiores produtores de algodão de Mato Grosso e do Brasil, com 90 mil hectares cultivados, Campo Verde alcançou nos últimos anos o posto de maior polo têxtil do estado, com 15 usinas de beneficiamentos e 4 fiações que produzem perto de 5 mil toneladas de fios por mês, o que faz do município o maior produtor de fios do Centro-Oeste brasileiro.
Todo esse potencial tem atraído o olhar de investidores. No último dia 4, durante a realização do 1° Tour “Da fibra ao Fio”, que reuniu empresários de São Paulo, Paraná, Bahia e Santa Catarina, o empresário Alexandre Takatsu Costa, proprietário da Indústria Paranaense de Tubos e Conicais, com sede em Maringá (PR), anunciou a compra de uma área para instalação de uma planta industrial em Campo Verde. A IPTC produz os tubetes utilizados pelas fiações para enrolar os fios.
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Devido a todo esse potencial produtivo e industrial, Campo Verde tem assumido o papel de protagonista no desenvolvimento do setor têxtil em Mato Grosso e liderado ações que beneficiarão toda a cadeia produtiva do algodão, desde as lavouras até a indústria.
No final de 2022, um estudo encabeçado pelo prefeito Alexandre Lopes de Oliveira resultou em mudanças na legislação fiscal do algodão destinado às indústrias têxteis instaladas em Mato Grosso, e que também beneficiaram a classe produtora.
Com base no estudo, elaborado por técnicos da Prefeitura de Campo Verde, do Governo do Estado e por representantes de fiações com sede no município, o Governo do Estado aumentou o incentivo do PRODEIC para a instalação de novas indústrias de fabricação de fios no estado de 85% para 90% e reduziu o índice de contribuição do Fundo de Desenvolvimento do Estado de Mato Grosso (FUNDES) de 6% para 1%.
FETHAB
Outra mudança significativa na legislação fiscal foi a isenção do Fundo Estadual de Transporte e Habitação (FETHAB), que incidia sobre a pluma comercializada com indústrias têxteis instaladas em Mato Grosso. Com essa medida, os fios produzidos no Mato Grosso ganharam mais competitividade ante aqueles produzidos em outros estados.
“Nosso município tem tudo aquilo que as indústrias precisam: grande oferta de matéria-prima, mão-de-obra, logística e incentivos municipais. Com essa mudança, Campo Verde, que já é o maior polo têxtil do estado, se consolidará ainda mais nessa posição. E os reflexos disso tudo virão com o aumento da geração de emprego e renda para a população e da arrecadação do Município”, observou o prefeito.
Polo Têxtil
De acordo com o prefeito, as mudanças na lei de incentivos e a chegada da Ferrovia Estadual Senador Vicente Vuolo, além da conclusão da rodovia MT-140, ligando Campo Verde à Nova Mutum, vai criar um novo corredor logístico e fazer do município um dos mais importantes entroncamentos rodoferroviários do Centro-Oeste Brasileiro.
Esse incremento, analisa o prefeito, deve atrair novos empreendimentos no setor industrial e aumentar o parque têxtil do Município. “Nós estamos muito confiantes e, com todo esse cenário, Campo Verde tem tudo para aumentar exponencialmente a produção de fios e atrair empresas de outros segmentos, como tecelagem e malharia, consolidando-se como o maior polo têxtil do estado”, enfatizou o prefeito.
