Mais uma vez dando um bom exemplo, os vereadores eleitos e reeleitos em 2016 votaram nesta sessão de segunda-feira (06) um Projeto de Lei de autoria do próprio poder legislativo para redução de gastos, com corte de funcionários comissionados e diminuição de salários. O Projeto de Lei 003/2017 foi apresentado pela nova mesa diretora da casa, pois somente eles teriam realmente essa prerrogativa. Com os cortes a Câmara deve economizar R$ 500 mil reais por ano, dinheiro que será devolvido ao poder executivo.
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Em um momento de crise, onde a população cobra cada vez mais austeridade do poder público os vereadores da cidade dão um bom exemplo, economizando o dinheiro da população. O novo Presidente da Câmara João Narciso Gomes falou sobre este Projeto de Lei e sobre a primeira sessão ordinária. “Esse Projeto entrou na casa nesta segunda-feira e prevê extinção de cargos, diminuição de salários e um equacionamento na estrutura administrativa da Casa. Nós chegamos a esse projeto deliberando com toda a mesa diretora, que tem prerrogativa para isso, mas contando com o apoio dos 12 vereadores, chegamos à conclusão que teríamos como realizar esses cortes sem colocar em risco o funcionamento pleno da Câmara de Vereadores. Neste projeto vamos conseguir economizar meio milhão de reais, vindo ao encontro dos anseios da sociedade. Nós temos algumas obras para fazer aqui, temos que realizar uma reforma no prédio da Câmara, já que desde que foi inaugurado nunca recebeu reformas e reparos, e já apresenta alguns defeitos como telhados quebrados, infiltrações e outros. Também temos que realizar uma devolução significativa ao executivo, pois sabemos que eles tem muitas demandas, como telhados de escola, construção de salas de aula entre vários outros problemas, que muitas vezes não sobra recursos devido a grandes demandas em saúde e outros problemas mais latentes. Nosso intuito é economizar o máximo possível sem prejudicar o funcionamento.”
Quanto a sua atuação como gestor da Câmara João disse que se manterá muito firme, como sempre foi tanto na vida pessoal quanto na pública. Sobre se ter uma Câmara divida em algumas opiniões João foi claro em revelar que no final essa situação deve fazer bem ao município; “pode ter certeza que no final isso vai ser muito bom para o município, pois tem que existir o contraditório, isso faz parte da democracia e é saudável, pois daqui deve sair o que é realmente o melhor para população de Campo Verde, a qual nos representamos.”
Para o futuro próximo o atual Presidente quer ver um a Câmara fortalecida, “com respaldo da população, para que o vereador possa sair nas ruas com a cabeça erguida, orgulhoso de ser um representante do povo. Nós temos que resgatar a imagem positiva da Câmara de Campo Verde que ficou um tanto arranhada por motivos que não cabe a mim elencar. Mas vamos mudar isso para que a população tenha orgulho da nossa Câmara.”
O presidente ainda convidou a população para acompanhar as sessões da Câmara, o que segundo ele também é um ato de cidadania, acompanhando os atos de seus representantes e chancelando de certa forma suas decisões.
Primeira Sessão Ordinária da Câmara de Vereadores
Na noite da última segunda-feira (07) houve a primeira sessão ordinária da Câmara de Vereadores de 2017. Com a presença de muitas pessoas na Câmara os vereadores fizeram questão de usar o púlpito para discursar, se apresentar e falar sobre os projetos e indicações da ordem do dia.
A impressão que ficou da primeira sessão ordinária é de que será um ano de muito debate, propostas e até mesmo divergências. Diferente da última composição da Câmara, onde a maioria dos vereadores fazia parte da base aliada ao executivo, em 2017 a metade dos vereadores eleitos apoiou o candidato adversário, mas em seus discursos todos vereadores foram unanimes em dizer que estão na casa para lutar pelo bem de Campo Verde, sem usar rótulos de situação ou oposição.
Foram encaminhados para pauta do dia, três Projetos de Lei de autoria do executivo, e um de autoria da mesa diretora do legislativo. Os três de autoria do executivo, versavam sobre locação e aquisição de imóveis. Dois deles acabaram indo para as comissões, para posteriormente serem apreciados, mas um deles, o Projeto de Lei 004/2017 que previa o contrato de locação de imóvel para abrigar a Orquestra Sinfônica de Campo Verde, acabou sendo aprovado pelas comissões, com 2 votos favoráveis e 1 contrário, mais tarde antes da votação o vereador José Humberto (SD), resolveu pedir vista ao Projeto de Lei, já que em seu discurso havia afirmado que não aprovaria o projeto, já que não tinha conhecimento da localidade e condições do imóvel que seria locado para este fim. Com o pedido de vista, o vereador conseguiu contornar um problema, e agora ele será votado em uma sessão extraordinária na manhã desta quarta-feira (08). Era possível que o projeto de lei não fosse aprovado, se isso ocorresse o assunto não poderia entrar em pauta novamente 2017, prejudicando os trabalhos da Orquestra, o que nunca foi a intensão dos vereadores.
O único Projeto de Lei, votado e aprovado por unanimidade na sessão foi o 003/2017 de autoria do legislativo, que previa a redução dos gastos, extinção de cargos e redução dos salários de funcionários do legislativo.
Foi uma sessão longa, terminou por volta das 22h, mas todos os vereadores puderam se expressar e falar sobre seus anseios e preocupações, bem como justificar as 18 indicações realizadas por eles ao poder executivo.
Uma das falas mais enfáticas foi da vereadora Alaene Fernandes (Boneca), que disse estar sendo atacada por algumas pessoas que não compactuam com seus ideais. Em uma de suas frases a vereadora afirmou que “se ser louca quer dizer lutar pelo bem da população de Campo Verde, eu sou realmente louca,” se referindo a comentários a sua pessoa.