Como foi explicado na última edição do jornal O Diário, a expansão das exportações do Brasil para China, que está aquecendo o mercado de proteínas no Brasil e pode sim tirar o setor de avicultura de Campo Verde da estagnação de mais de um ano e meio sem produzir.
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Isso por quê as plantas da BRF de Lucas do Rio Verde, e de Nova Marilândia, que apesar de pertencer a União Avícola trabalham sob contrato terceirizado da BRF até 2022, foram habilitadas para exportação de frango neste ano. E existiria um grande interesse em Campo Verde neste momento.
As negociações com a União Avícola, do empresário Cidinho Santos, não estão descartadas, segundo o presidente da ACAV (Associação Campo-verdense de Avicultura) Clodoaldo Lima, o ultimo avanço na negociação da vinda da empresa para instalação do frigorífico na cidade, aconteceu há aproximadamente 15 dias, quando Clodoaldo juntamente com o prefeito Fábio Schroeter, através do intermédio do governador Mauro Mendes, conseguiram uma conversa por teleconferência com um dos vice-presidentes da BRF, para a cedência de setores da empresa, como a fábrica de rações, que está parada desde o encerramento dos contratos, para que a empresa pudesse se instalar na cidade, e estão aguardando desde então.
Porém o momento é bem diferente, apesar de não confirmar nada até o momento, é possível que até mesmo a BRF não ceda sua estrutura e volte a produzir na cidade.
“O cenário nacional e internacional de frango, indica que a empresa poderia retomar suas atividades na cidade, levando em conta essas ultimas habilitações de frigoríficos para China. Então seria interessante produzir em Campo Verde e levar os frangos para Nova Marilândia, com uma pequena adequação eles poderiam voltar a produzir conosco. E isso seria uma questão até lógica, mas sabemos que a empresa tem suas estratégias, temos esperanças, seja com a União Avícola que já está em um processo bem avançado, ou com a volta da BRF,” explicou Clodoaldo.
Existe a preocupação também se as granjas que estão paradas há um bom tempo, teriam condições imediatas de voltar a produzir caso fosse necessário. Segundo Lima, “sim, teríamos que ter um tempinho somente para trabalhar com a substituição das cortinas que estiverem danificadas, revisão dos motores, mas isso é coisa rápida, no máximo em dois meses conseguiríamos estar de volta. Inclusive é interessante essa pergunta, pois noticiaram que as granjas estariam sucateadas na cidade, mas o que foi mostrado como exemplo, são granjas que já estavam paradas há muito tempo, bem antes do fim da integração com a BRF, os associados da ACAV sempre foram orientados a manter as manutenções e cuidados com as granjas, justamente para aproveitar o momento em uma oportunidade surgisse,” completou.
Um murmúrio de que a BRF já estaria voltando neste exato momento, porém foi descartado, por enquanto, o que está realmente acontecendo é a retomada total da produção da Granja Lindóia, uma das granjas da BRF que produz ovos férteis, mas que nunca teve sua atividade encerrada por completo no município. Essa retomada também corresponde ao momento de prosperidade do negócio segundo nossa fonte.
Isso não quer dizer, que a volta da produção dos frangos estaria certa, pelo contrário, este não é o momento de gerar falsas esperanças como frisou Clodoaldo, “ o que a ACAV tem de informações, é que a BRF estaria retomando 100% de capacidade da Granja Lindóia, inclusive com investimentos, mas isso não tem nada haver por enquanto com a volta da integração.”